terça-feira, 6 de agosto de 2013

Manifestação dos bancários marca lançamento de campanha salarial

Cerca de 20 participantes do Sindicato realizaram manifestação na frente de uma agência bancária no centro da cidade. Foto: José Aldenir
Cerca de 20 participantes do Sindicato realizaram manifestação na frente de uma agência bancária no centro da cidade. Foto: José Aldenir
Os bancários do Rio Grande do Norte lançaram na manhã de hoje a campanha salarial deste ano, com uma manifestação em frente à agência da Caixa Econômica Federal da rua João Pessoa, no centro da cidade. Cerca de 20 representantes do sindicato panfletavam pedindo o apoio da população na luta pelo reajuste salarial de 22% e protestando contra o projeto de lei 4330, a ser votado no próximo dia 30 de agosto.
O movimento integrou as manifestações convocadas para hoje em âmbito nacional pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais. Em todo o país houve protestos em desaprovação ao projeto de lei de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB/GO), que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes.
Os bancários acreditam que a aprovação do PL 4330 irá marginalizar os trabalhadores do setor, permitindo funcionários terceirizados a ocupar funções atribuídas à categoria, como aprovar transações e acessar informações financeiras. “Já não é bastante os banqueiros prejudicarem o atendimento dos bancos diminuindo o número de funcionários e substituindo os trabalhadores do setor por estagiários, menores aprendizes e máquinas, agora querem terceirizar de vez as atividades financeiras?”, questiona Marcos Tinoco, coordenador de comunicação do Sindicato dos Bancários do RN.
A coordenadora geral do órgão, Marta Turra, declara que as reivindicações da categoria são de caráter econômico e social, uma vez que visam resolver o problema de defasagem dos salários e aumentar o quadro pessoal dos bancos, como forma de melhorar o atendimento. “Estamos lutando por direitos há anos negligenciados, como a isonomia, estabilidade, o asseguramento da jornada de 6h diárias, a realização de mais concursos públicos para o setor e a reposição de perdas salariais. Nesse último ponto, nossa pauta difere da que foi estabelecida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) porque eles não incluem as perdas salariais no reajuste que estamos solicitando”, argumenta Marta.
Ela explica que a contratação de bancários é insuficiente para um cenário onde a demanda por serviços bancários é cada vez maior e a tecnologia não supre totalmente as necessidades dos clientes. “Enquanto os bancos públicos e privados lucram mais de 15 bilhões por ano, as filas nos caixas só aumentam diariamente. O que é preciso mesmo é contratar mais profissionais qualificados para atender bem à população”, declara a coordenadora geral do sindicato.
A auxiliar de serviços gerais Maria José, conta que suas idas ao banco são sempre uma tortura. “Perco de três a quatro horas na fila, sempre que preciso ir à agência. No Banco do Brasil então é um sufoco, com um monte de pessoas na mesma situação. Apoio a causa dos bancários, porque isso também pode melhorar a vida da gente que precisa dos serviços”, diz Maria.
A primeira rodada de negociações a respeito da campanha salarial dos bancários está marcada para a próxima quinta-feira (8), na sede da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). De acordo com o sindicato, se as negociações do reajuste salarial não tiverem o resultado esperado até o dia 30 de agosto, haverá indicativo de greve na primeira quinzena de setembro.

fonte:JHRN

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