“Se confirmar o golpe que se desenha, os culpados são a bancada do governo, o líder do governo (vereador Júlio Protásio) e a presidente do Sinsenat, Soraya Godeiro, que está assinando embaixo um cheque em branco confiando no governo”.
A afirmação é do vereador Marcos Antônio (PSOL), ao advertir os servidores municipais presentes na sessão do último dia 8 de maio, naCâmara Municipal de Natal, na ocasião em que se debatia a tramitação e votação da reforma administrativa e do reajuste dos cargos comissionados da Prefeitura.
Marcos do PSOL frisou que a sua posição é de absoluta solidariedade ecompromisso com a luta dos trabalhadores. Porém, antes de votar a proposta, fez um alerta a categoria “para que depois não diga que não foi avisada”.
“Um requerimento não tem qualquer força impositiva. O requerimento é cumprido nesta Casa, ou pelo prefeito, quando querem cumprir... Eles não cumprem a lei – como a Lei da Bilhetagem Eletrônica –, vão cumprir o compromisso com vocês, baseado apenas no requerimento?”, disse o parlamentar do PSOL, ressaltando que é essa reflexão que precisa ser feita.
Ele alerta também a categoria para não ocorrer com os servidores municipais o que aconteceu com o Sitoparn (Sindicato dos Transportes Alternativos do RN), “que nós tivemos que engolir um sapo e votar contra as nossas convicções; e contra também o que a gente já sabia”.
E endereçou uma indagação à bancada do governo municipal, que assinou o requerimento: “Vocês vão realmente cumprir o que estão propondo? Porque aqui não existe verdade absoluta e credibilidade para se cumprir compromisso”, falou.
A nova proposta que trata dos reajustes dos servidores municipais - em contraponto ao requerimento da oposição -, condiciona a implementação, ou seja, a eficácia do aumento de salário dos cargos comissionados e outros sete projetos após aprovados em plenário a votação da database dos grevistas. E ainda prevê que o conteúdo do requerimento seja transformado em emenda para os sete projetos da reforma.
Para os vereadores de esquerda, há dois pontos que os servidores precisam ficar atentos: a não vinculação a um acordo com percentuais de aumento definido e o fato de que as emendas feitas aos projetos da reforma, condicionando a eficácia para após a assinatura do reajuste dos grevistas, poderão ser vetadas pelo prefeito Carlos Eduardo, uma vez que a vigência será imediata.
É bom deixar claro que a contraproposta da Prefeitura de Natal para a categoria, que pede 18,32% de reajuste, foi de apenas 2%.
Já para os cargos comissionados, a previsão é que o projeto do reajuste salarial, que pode chegar até 162% em alguns casos, seja apreciado em segunda votação, na próxima terça-feira, dia 13 de maio.
fonte:http://www.marcospsol.com.br/2014/05/marcos-do-psol-alerta-servidores.html
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