segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Projeto da UFRN já plantou mais de 15 mil mudas em Natal

Escolas públicas e privadas são principais colaboradores da iniciativa. Foto: Wellington Rocha
Escolas públicas e privadas são principais colaboradores da iniciativa. Foto: Wellington Rocha
Intitulado ‘Plante enquanto é tempo’, o projeto de autoria do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Robério Paulino, disponibiliza mudas para que sejam plantadas em escolas, praças, canteiros e residências. Durante os dois anos em que o projeto está em andamento, cerca de 15 mil mudas já foram plantadas. O trabalho do projeto consiste na produção de mudas e após chegarem a um estágio considerável de evolução, elas são distribuídas conforme a demanda de procura por parte de escolas, secretarias, prefeituras e até pessoas físicas.
Entre os principais colaboradores estão as escolas, não só públicas mas também privadas. Algumas realizam a própria arborização de sua área enquanto outras solicitaram as mudas para outros fins. É o caso do colégio Marista que recebeu 1,2 mil mudas, as quais foram repassadas para as famílias dos estudantes. Já os alunos do CDF solicitaram as mudas para plantarem nas margens do rio Pitimbu.
As plantas que são cultivadas em sacos plásticos já motivaram outra iniciativa por parte da sociedade. Não só os alunos da universidade como também o de escolas do interior estão realizando campanhas para coleta de sacos de arroz, feijão e açúcar. “Esta ação representa um trabalho de reutilização de materiais que antigamente poderiam ir para o aterro sanitário de Ceará Mirim”, completou Robério Paulino.
Cerca de 15 cidades do interior já contam com a atuação do projeto. Robério Paulino destacou que várias outras regiões já estão em contato interessadas em levar o ‘Plante enquanto é tempo’ para sua área. Outros interessados são escolas, como os Institutos Federais de Santa Cruz e João Câmara.
Com o aumento da demanda pelas mudas, o número de viveiros tem aumentado no projeto. Só em Natal já são três localizados na UFRN. No interior do Estado existem outros dois: um em Pedro Avelino e outro em Angicos. “O segredo não é só plantar, mas cuidar das mudas”, destacou o professor.
Para a escolha das espécies que deveriam ser trabalhadas, o professor destaca que estudos com profissionais foram feitos com base na relação à plantas típicas, adaptação ao clima resultando em diversas espécies como o Pau-Brasil, Ipê Roxo, Rosa, e Amarelo, Craibeira, Mangueira e outras frutíferas. “Queremos fazer uma chuva de sementes no estado nos próximos 3 anos”, completou o professor.
O ato da disponibilização das mudas não se resume em plantar uma árvore, mas também em reeducar a sociedade sobre a importância deste bem. Para isso, além da doação, outra frente de trabalho envolve palestras lecionadas em algumas escolas do interior e da capital.

Plano de Arborização de Natal espera plantar 300 mil árvores em três anos
A proposta desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte em parceria com a Prefeitura de Natal planeja levar para praças e canteiros da cidade cerca de 300 mil árvores durante três anos. O projeto ainda falta ser assinado, entretanto, já teve apoio anunciado durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Natal.
Durante a cerimônia convocada pelo vereador Sandro Pimentel, foi apresentado o plano para os representantes das secretarias municipais de Serviços Urbanos (Semsur) e de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) para eles avaliarem e analisarem a viabilidade da proposta. A secretária de Planejamento, Virgínia Ferreira, destacou que o projeto já tinha o seu apoio, segundo Robério Paulino.
O professor da UFRN e um dos colaboradores do plano disse que o prefeito Carlos Eduardo também demonstrou interesse pelo projeto, faltando apenas a assinatura. Robério destacou o fato de que o valor investido por parte da Prefeitura seria de R$ 300 mil reais, “um valor acessível diante da proposta”. Já a Universidade entraria com o inventário e a pesquisa, como também a reprodução das mudas com o uso do dinheiro repassado. Enquanto a Prefeitura seria responsável pelos caminhões para o transporte e os jardineiros para a manutenção.
Com a cidade mais arborizada, alguns problemas relacionados ao clima deixariam de existir, como também a qualidade de vida do natalense seria elevada. Ele destacou como exemplo o fato de a radiação nociva solar ser medida em uma escada 0 a 14, sendo os pontos mais críticos entre 11 e 12. De acordo com o professor, a Cidade do Sol sempre fica acima do nível 10, além de freqüentemente chegar a 14. Com o plano, esse número deveria cair para condições mais agradáveis e saudáveis.
De acordo com Robério Paulino, após estes três anos a cidade deve estar em condições bem melhores e com muito mais verde pelas ruas. “Queremos transformar todas as praças de Natal em bosques”, adiantou.

FONTE: JH RN

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