sexta-feira, 2 de maio de 2014

“Pagaremos um preço porque algumas obras não ficarão prontas para a Copa”

Vinicius Lages falou sobre os ajustes no planejamento do Mundial

Ministro do Turismo, Vinicius Lage. Foto: Divulgação
Ministro do Turismo, Vinicius Lage. Foto: Divulgação
O Brasil vai pagar um preço porque algumas obras planejadas para a Copa do Mundo não ficarão prontas até o início do torneio. A opinião é do ministro do Turismo, Vinicius Lages.
Em entrevista, Lages afirmou que algumas obras não ficarão prontas porque os empreendimentos tiveram de ser ajustados, e que essas mudanças fazem parte de “um planejamento estratégico”.
Para ele, apesar desse “preço a pagar”, há um exagero no debate sobre as obras terminarem ou não até o Mundial começar.
“Acho que há uma certa hipertrofia do debate sobre infraestrutura, se vai terminar, não vai terminar. [O debate é] muito de curto prazo, como se tudo tivesse que estar pronto no apito final. A gente paga um preço porque algumas coisas não vão ficar prontas. Outras talvez foram reescalonadas dentro de um planejamento estratégico de montagem da infraestrutura de um país continental”.
O ministro declarou que a taxa de ocupação de alguns hotéis durante o Mundial deve ficar abaixo das expectativas, mas descartou que tenha havido excesso de otimismo entre o empresariado nacional.
“Pode ser que no caso de São Paulo, ou em outros jogos específicos, que você tenha preços mais baixos e também uma taxa de ocupação mais baixa do que a prevista. (…) Claro que há hotéis iniciados que não vão terminar agora, que vão demorar um pouco mais. Cidades como Cuiabá, Manaus, que têm uma oferta hoteleira que pode ter sido ampliada para previsão de uma certa ocupação na Copa, terão que ter estratégias muito mais cuidadosas”.
O ministro lembrou que, durante as Olimpíadas de Londres (2012) e a Copa da Alemanha (2006), nem tudo saiu como planejado, destacando que ajustes fazem parte do planejamento e que eles não prejudicarão o Mundial no Brasil.
Lages ainda criticou a taxa de investimento do País (em torno de 18% do PIB), ressaltando que, para alcançar um crescimento superior a 4%, o Brasil teria que elevar essa porcentagem de investimento.
Engenheiro agrônomo com doutorado em economia, Lages é alagoano, tem 56 anos e assumiu o ministério em março, durante o último ciclo de mudanças da presidente Dilma Rousseff. Ele é o sexto ministro da pasta, criada em 2003 durante o governo Lula, e apenas o segundo com perfil técnico.

fonte:JHRN

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