Com um único membro da oposição, a CPI da Petrobrás elegeu nesta quarta-feira, 14, em sua primeira reunião, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) como presidente da comissão. A cadeira de vice ficou com Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP). As indicações já eram esperadas e a eleição se deu por votação simbólica, sem manifestações contrárias. Também como previsto, o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), assumiu a relatoria da CPI.
O tucano Cyro Miranda (GO) foi o único oposicionista a estar presente na reunião a pedido do líder do PSDB, Aloysio Nunes (SP). “Achamos importante não se ausentar de todo para que tomemos conhecimento de como o governo vai agir”, disse o senador. Cyro foi indicado ontem para a comissão pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também escalou os senadores goianos Wilder Morais (DEM) e Lúcia Vânia (PSDB), mas eles recusaram a escalação.
Vital do Rêgo convocou para a tarde de hoje, às 15h30, outra reunião para votar o plano de trabalho já elaborado por Pimentel. Segundo Vital, ainda hoje também serão apreciados requerimentos. “Foi elaborada uma minuta de plano de trabalho bastante detalhada, minuciosa, para que possamos ter em 180 dias um trabalho promissor, investigativo e bastante coerente com as provas”, disse o relator.
A pressa dos governistas em instalar a CPI da Petrobrás no Senado tem o objetivo de esvaziar a CPI mista, proposta também para investigar a estatal. Apesar das tentativas, contudo, o próprio Vital acredita que até o dia 25 de maio a comissão mista, com senadores e deputados, será instalada.
CPI mista. Mais três integrantes foram indicados para compor a CPI mista da Petrobrás. Com a 19ª indicação, a oposição da Câmara vai tentar adiantar para amanhã a primeira reunião da comissão. Foram escalados os senadores Ataídes Oliveira (PROS-TO), Gim Argello (PTB-DF) e Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP). As suplências ficaram com Cidinho Santos (PR-MT) e Eduardo Amorim (PSC-SE). Outros três senadores também já haviam sido indicados. Somados aos 13 deputados já designados para a comissão, são 19 membros até o momento.
Ainda faltam as indicações dos blocos da maioria, liderado pelo PMDB, e de apoio ao governo, encabeçado pelo PT, além das escalações do PT e PROS na Câmara. O prazo de indicação das lideranças vence na próxima semana.
Apesar de não ter a equipe completa, o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), vai pressionar para que a primeira reunião ocorra amanhã. Ele se baseia no entendimento de que os trabalhos podem iniciar quando se tem metade dos membros mais um – seriam necessários, pelo menos, 17 parlamentares.
Já os governistas, que temem uma investigação com a participação de deputados, vão estender o prazo até o limite para tentar esvaziar a CPMI. No entanto, eles já admitem que não haverá como evitar a comissão mista, mas trabalham com o limite de 25 de maio para o início dos trabalhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário