sábado, 14 de junho de 2014

Moradores de Mãe Luiza não deixam área de risco e cobram recuperação da cratera

Água da chuva levou areia e escadaria em Mãe Luiza (Foto: Alberto Leandro)
Água da chuva levou areia e escadaria em Mãe Luiza (Foto: Alberto Leandro)
Os moradores da Rua Guanabara, em Mãe Luiza, zona Leste de Natal, onde a chuva abriu a cratera que ocasionou o soterramento de parte da Via Costeira na sexta-feira (13), estão temorosos com o avanço do problema e denunciam que a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) chegou a ser alertado dias antes.
Um dos moradores da área de risco, o comerciante Maxwel Amaro, 42 anos, revelou que há 20 dias abriu uma fissura no asfalto e acionaram o Município e a Caern. “Eles vieram e taparam o buraco e apenas isso. Voltou a abrir e foi aumentando até se tornar o problema atual”, denunciou o morador.
Ele e os vizinhos foram alertados pela Defesa Civil Municipal para deixarem suas casas, mas parece que o pedido não será atendido. Os populares reclamam da ausência de serviços emergenciais no local nas primeiras horas da manhã, enquanto que na Via Costeira dezenas de garis cuidavam da limpeza da pista.
A moradora Vanda Moraes afirmou que enquanto puder permanecerá no local, apesar do alerta e visita de uma equipe da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas). “Queriam nos mandar para o Nélio Dias [Ginásio], mas no momento não vejo como ir. Se sairmos daqui acredito que não vão consertar isso rápido”, comentou.
No início da manhã uma equipe da empresa que presta serviço de limpeza e manutenção de escadaria e drenagem ao Município esteve na Rua Guanabara para avaliar a situação. De acordo com funcionários, foi feito uma contenção emergencial com sacos de areia e lona com objetivo de reter a água de novas chuvas e deslizamento de terra.
Contudo, a dúvida é se o contrato da empresa cobriria a recuperação da escadaria e da galeria destruídas. Esse primeiro equipamento era um dos principais acessos de pedestre ao bairro de Mãe Luiza e está totalmente impossibilitado de ser utilizado.
A recuperação do local será outro ponto de discussão, pois onde surgi a cratera era o encontro de tubulações de águas pluviais de responsabilidade da Prefeitura e de esgoto da Caern, autarquia estadual. Toda essa tubulação partia do bairro de Mãe Luiza e escoava na praia de Areia Preta, sob a escadaria.
Problema do passado
Os moradores mais antigos relataram que o deslizamento da encosta já ocorreu no passado. Em 1989, após uma forte chuva e quando não existia os prédios em Areia Preta, o mesmo barranco foi levado, chegando a atingir residências na parte baixa.

FONTE: PORTAL NO AR

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