segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

“Gestão de Albert Dickson é marcada por promessas não cumpridas”

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Ciro Marques
Repórter de Política
Perto de encerrar seu mandato na presidência da Câmara Municipal de Natal, Albert Dickson (PROS) terá como principal feito nesse período que ficou a frente do poder legislativo a eleição, dele, para deputado estadual. Pelo menos, é assim que analisa o vereador Marcos Antônio, do PSOL, que classificou a administração Albert Dickson como a “das promessas não cumpridas”, citando, para isso, três exemplos claros: a implantação do ponto eletrônico, o concurso público e a sede própria da Casa, que não saíram do papel em dois anos de mandato.
A análise de Marcos do PSOL se baseia na mais nova decisão da Mesa Diretora, presidida por Albert Dickson, de deixar para próxima gestão a responsabilidade de implantar o sistema biométrico de controle de servidores. “Mais uma vez, o presidente descumpre uma promessa. O que não é novidade nenhuma. Albert Dickson é pouco afeito a cumprir aquilo que promete”, afirmou o parlamentar de “esquerda”.
Com uma postura sempre crítica a forma como o presidente Albert Dickson administra, nesses dois anos, a Câmara Municipal de Natal, Marcos do PSOL fez uma lista de promessas não cumpridas pelo chefe do poder Legislativo. “Quando ele se elegeu, prometeu fazer uma gestão diferente. Prometeu iniciar a sede própria, automatizar e informatizar os processos de gestão interna e cumprir a emenda do plano de saúde dos servidores”, relembrou Marcos do PSOL.
“E mais: quando denunciado pela farra dos cargos fantasmas, Albert Dickson também fez chegar aos gabinetes de todos os vereadores a promessa de cumprir a legislação sobre o percentual de servidores efetivos em cargos de chefia, concurso público e biometria. Contudo, não fez nada disso e já está dizendo que isso ficará a cargo da próxima gestão da Mesa”, acrescentou Marcos do PSOL.
Para quem não lembra, foi após denúncia de cargos fantasmas na Câmara, feita em plena sessão plenária pelos vereadores Eleika Bezerra (PSDC), de Amanda Gurgel (PSTU) e do próprio Marcos do PSOL, que Albert Dickson se comprometeu a implantar sistemas de controle de frequência. Prometeu isso em setembro, contudo, já viu que até fevereiro não terá como cumprir a promessa e determinou, em ato publicado no Diário Oficial do Município, na semana passada, que isso ficará a cargo da futura gestão da Mesa, que será presidida pelo Franklin Capistrano, do PSB.
Ficará sobre responsabilidade de Franklin, também, a responsabilidade por construir a sede própria da Câmara. Pagando um aluguel de algumas dezenas de milhares de reais a UFRN, dona do Palácio Padre Miguelinho, onde funciona o Legislativo municipal, Albert Dickson prometeu dar início a obra. Contudo, após dois anos, apenas o projeto foi concluído e a obra ainda não começou.
Por sinal, a situação gerou até um questionamento, também durante uma sessão plenária, do futuro presidente Franklin Capistrano. Na oportunidade, Albert explicou que estava aguardando o Executivo Municipal concluir o seu projeto de construção do Centro Administrativo (a sede da Câmara será erguida no mesmo terreno), para dar início a obra.
Franklin Capistrano, vale lembrar, foi eleito de forma antecipada para a Presidência da Câmara Municipal de Natal, justamente, porque Albert Dickson afirmava ter receio de fazer altos investimentos com o início da obra e, depois, ser substituído por um presidente que não se preocupasse em dar continuidade a ela.
AUSENTE
Além de criticar a falta de “palavra” do atual presidente da Câmara, Marcos do PSOL também disse que a gestão atual é marcada pela “ausência” do chefe do Legislativo e, ainda, pela falta de transparência da gestão. “Ele é um presidente muito ausente. Ausente não só nas sessões, como também na gestão da Câmara”, analisou Marcos do PSOL.
Segundo o vereador “de esquerda”, foram várias as vezes que pediu esclarecimento ou informação da Casa e não obteve resposta. Nem a lista de servidores e suas respectivas funções foi informada aos parlamentares. “A atual gestão também não legalizou a posição da Câmara com relação ao portal da transparência. O site não é alimentado, falta transparência”, acrescentou Marcos.
FONTE: JHRN

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