terça-feira, 23 de julho de 2013

PMN deve anunciar no próximo domingo o recuo definitivo da fusão com PPS

O novo partido Mobilização Democrática (MD) fez alguns políticos do RN falarem em “tom de despedida” do PMN e do PPS. Afinal, seria a fusão das duas siglas. Seria. Segundo o jornalista Felipe Patury, da revista Época, a convenção nacional, marcada para o próximo domingo (28), o PMN deve confirmar a decisão do partido de recuar da ideia de fusão.
“Não podemos declarar oficialmente a desistência porque ainda temos a convenção no dia 28, mas apenas um diretório, o do Espírito Santo, apoiou publicamente a fusão”, teria afirmado ao jornalista a diretora nacional do PMN, Thelma Zayra. Foram vários os casos de resistências de diretórios estaduais de ambos os partidos. “O que posso dizer é que do nosso lado tomamos todas as providências que consideramos necessárias para facilitar a execução do projeto. Não foi isso que vimos do lado de lá”.
Ricardo Motta, presidente da Assembleia, era um dos que não deveria ficar no MD em caso de fusão (Foto: Alberto Leandro)
Realmente, foram vários os casos de resistência e informações desencontradas também no Rio Grande do Norte. Entre os primeiros problemas de comunicação, por exemplo, está a definição de quem seria o novo presidente da MD no Estado. Antônio Jácome, atualmente presidente do PMN, foi anunciado. Contudo, pouco depois, o líder local do PPS, Wober Júnior negou a informação e disse que não havia “nada garantido” ou confirmado.
Por outro lado, o fato do partido ter um perfil de oposição a gestão da presidente da República, Dilma Rousseff, do PT, que na época era dona de uma ampla popularidade, também causou insatisfação em alguns políticos das duas siglas, que passaram a cogitar uma troca de partido sem o risco de infidelidade partidária. Entre os que comentou que poderia deixar o partido, em caso de fusão, estava o presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ricardo Motta.
E lembrar que a fusão entre os dois partidos foi anunciada ainda em abril e tão comentada que já havia recebido até mesmo um perfil no Wikipedia e feito muitos políticos falarem em tom de despedida, como o vereador de Natal, Jacó Jácome, do PMN. No dia 17 de abril, ele fez um pronunciamento dizendo que aquela era, provavelmente, a “última vez que falava como parlamentar do partido, uma vez que a criação do MD havia sido oficializada”. Jacó também defendeu a fusão, dizendo que não era “mais um partido” e sim “menos um”. “Tinha dois, o PMN e o PPS, agora só tem um, o MD. É uma redução”, explicou, matematicamente.
FONTE: PORTAL NO AR

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