Imagine se toda vez que fôssemos acessar a internet pelo celular precisássemos conectar um cabo de rede no aparelho? Impraticável se buscamos mobilidade! As conexões sem fio como o Wi-Fi já resolveram esse problema há bastante tempo. Mas um dos fatores mais críticos dos dispositivos móveis e que nos aflige diariamente continua dependente de cabos: a energia. A boa notícia é que uma nova tendência de carregamento sem fio está próxima de se popularizar; ou seja, estamos prestes a nos livrar de mais um fio...o da tomada!
A transmissão de eletricidade sem fio é estudada há mais de 100 anos. No final do século 19, o engenheiro croata Nikola Tesla mostrou a transmissão de eletricidade por indução magnética funcionando exatamente como ainda é hoje. O grande avanço na tecnologia foi como fazê-la operar de forma eficiente e segura. O princípio do carregamento sem fio é a indução eletromagnética. Funciona assim: no transmissor, ligado a uma fonte de energia, a corrente elétrica passa através de uma bobina – um rolo de arame – e gera um campo magnético. Quando esse campo magnético atinge uma outra bobina no receptor (no smarphone, por exemplo) uma corrente elétrica é gerada oferecendo energia para carregar a bateria daquele dispositivo.
Até pouco tempo atrás, um dos maiores desafios para popularizar o carregamento sem fio em dispositivos móveis era a necessidade de essas duas bobinas – no emissor e no receptor – estarem perfeitamente alinhadas. Isso dificultava atingir o principal benefício que o carregador sem fio promete: comodidade e praticidade. Mas agora, a indução magnética foi substituída por uma ressonância magnética em campo próximo. É verdade, o nome parece bastante complicado, mas o novo formato de transmissão de energia sem fio simplificou bastante as coisas...
Outro obstáculo que começa a ser superado para uma maior adoção dos carregadores sem fio é a distância suportada entre a fonte e o aparelho. Atualmente, elas são pequenas – na maioria dos carregadores, o dispositivo precisa ficar praticamente colado na fonte para funcionar. Isso porque, na medida em que o dispositivo se afasta, o campo magnético rapidamente se dissipa e deixa de funcionar.
A recente substituição da indução pela ressonância magnética já permite distâncias maiores entre transmissor e receptor. No início do ano, o Kitchen Working Group apresentou um carregador próprio alimentado um processador e um smartphone a três centímetros de distância. Isso vai permitir que o carregador sem fio seja integrado a novos objetos como, por exemplo, móveis e até em paineis de carros. No Reino Unido, 50 lojas do McDonalds e outras 10 do Starbucks já oferecem estações de carregamento sem fio mais modernas também.
Mais um obstáculo é que como em quase toda tecnologia, existem diferentes padrões de carregadores sem fio. Outra boa notícia é que já foi criada uma aliança entre diversas empresas para desenvolver um padrão único e universal. Assim, qualquer carregador promete funcionar com qualquer dispositivo, independente da marca – dando mais sentido à tão prometida comodidade e praticidade da tecnologia.
Ao que tudo indica, nossa ansiedade em saber se a bateria do celular vai aguentar até o final do dia está com os dias contados. Com carregadores sem fio de fácil acesso, seja na mesa do trabalho, no painel do carro ou no seu criado mudo, o dispositivo estará sempre carregando um pouquinho. Resultado: um fio e uma ansiedade a menos no nosso dia a dia. Aliás, se fios e cabos incomodam muita gente, aproveite para conhecer uma nova tecnologia que promete distribuir a eletricidade sem fio dentro das nossas casas. Nós entrevistamos um dos fundadores da WiTricity, a startup que desenvolveu a tecnologia nos Estados Unidos. O link está logo abaixo do vídeo desta matéria no nosso site; confira!
FONTE E VIDEO NO SITE: http://olhardigital.uol.com.br/video/mais-um-cabo-com-os-dias-contados-no-nosso-dia-a-dia/50369
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