sexta-feira, 10 de maio de 2013

Justiça do Rio nega habeas corpus a pastor suspeito de abusar sexualmente de fiéis

 


O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou os dois pedidos de habeas corpus do pastor Marcos Pereira da Silva, 56, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, solicitados pelo advogado Marcelo Patrício na última quarta-feira (8). A Justiça indeferiu o pedido na noite de ontem.

Silva foi preso na terça-feira (7) sob suspeita de abusar sexualmente de seis fiéis, entre elas, sua ex-mulher.

A Promotoria denunciou o pastor sob acusação de dois abusos sexuais e uma ameaça contra uma das mulheres que prestou depoimento contra ele. As denúncias de abuso são de 25 de abril e a de ameaça é de 7 de maio. Elas, porém, foram divulgadas apenas ontem.

Segundo as denúncias, o réu é pessoa de alta periculosidade e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o contrariam. De acordo com o Ministério Público, o pastor utiliza-se de sua autoridade religiosa para amedrontar e, até mesmo, aterrorizar suas vítimas.

De acordo com o promotor Rogério Lima Sá Ferreira, do Ministério Público do Rio, o pastor Marcos, como é conhecido, se mostrou "maquiavélico".

O pastor foi preso na noite de terça-feira (7) por policiais civis da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas). Os policiais investigam há um ano o pastor Marcos por associação ao tráfico de drogas. Durante as investigações, descobriram os casos de abuso sexual praticados por ele.

De acordo com testemunhas ouvidas pela polícia, o pastor aproveitava momentos a sós com fiéis para abusar sexualmente delas.

"Ele falava que elas estavam endemoniadas e tinham que lavar seus corpos com ele para se livrarem do mal. Usava momentos de vulnerabilidade das vítimas para se aproveitar e ainda praticava orgias com elas - em atos sexuais com mulheres e homens", diz o delegado.

O advogado Marcelo Patrício, que defende o pastor, disse ontem que a prisão do líder religioso "é um absurdo". Para ele, os juízes não poderiam decretar a prisão do religioso porque não existem laudos sobre o caso que atestam a suposta violência, apenas a denúncia das mulheres.

Com informações da Folha.com/osamigosdaonça

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