Protesto em Natal cobra ações governamentais contra a seca.
Segundo organização, 7 mil pessoas foram às ruas; PM contou 400.
Pedro Januário e Teresinha Rodrigues, de 71 e 68, dançaram ao som da sanfona (Foto: Igor Jácome/G1)
Grande parte dos manifestantes que foram à governadoria do Rio Grande do Norte na manhã desta terça-feira (21) para cobrar medidas estatais contra a seca era de agricultores e pecuaristas. Muitos deles são de cidades distantes da capital potiguar. Um exemplo é o agricultor Pedro Januário da Silva, de 71 anos, que viajou 106 quilômetros de São José do Campestre até Natal. O agricultor encontrou no xote tocado por um grupo de músicos, no meio do protesto, uma forma de se manifestar e de passar o tempo, enquanto a reunião marcada para as 14h entre federações, sindicatos e a governadora Rosalba Ciarlini não começava.
A reunião foi confirmada pelo secretário de Meio Ambiente da Fetarn, Francisco Assis de Araújo. "Nós queremos apresentar nossa indignação com relação a falta de compromisso do governo com a agricultura familiar", afirmou ao G1. Ainda de acordo com ele, a seca já trouxe grande prejuízos ao Estado. "O Estado tem mais de R$ 5 milhões em prejuízos, mais de 50% do rebanho morreu", anunciou sob um carro de som que guiava a caminhada. "Temos mais de sete mil pessoas aqui", completou.
Seu Pedro administra uma terra em São José do Campestre onde planta cereais, como arroz e milho e disse ao G1 que resolveu protestar porque nunca viu tanta seca e "inércia dos governantes", que não estão atuando para minimizar os estragos causados . “A situação está muito ruim esse ano. Agora está chovendo, mas ainda é muito pouco. A situação é precária e o Governo não está ajudando. Moro lá desde os meus cincos anos e nunca vi uma situação dessa”, disse. Durante mais de meia hora, seu Pedro e Teresinha Rodrigues do Nascimento, a esposa dele, de 68 anos, dançaram à sombra de uma árvore. Teresinha nem quis parar de dançar para dar entrevista. “Ninguém cansa de dançar. É muito bom”, disse.
Concentrados na Central de Comercialização, no bairro Lagoa Nova, em Natal, os trabalhadores rurais de vários segmentos, sindicatos e estudantes da #RevoltadoBusão fizeram uma caminhada pelas avenidas Mor Gouveia, Prudente de Morais e rua Raimundo Chaves, em Candelária, até chegar ao Centro Administrativo do Estado. As pessoas usavam gritos de guerra como "o povo na rua, governo a culpa é sua".
Durante o percurso, um carro distribuía água mineral aos manifestantes. “Se o governo não manda água para o sertão, pelo menos a gente tem aqui para matar a sede, para poder protestar”, disse a Maria de Fátima, de 33 anos, dona de casa que acompanhava o marido, agricultor, junto com seus dois filhos de 3 e 7 anos. Após uma parada em frente à Governadoria, os manifestantes pararam para almoçar as quentinhas distribuídas pelas federações, à sombra das árvores.
Segundo a Polícia Militar, a manifestação aconteceu de forma tranquila. "Estamos vendo muitos trabalhadores aqui, mulheres, idosos, crianças. Todo mundo está agindo de forma pacífica", disse o major Rodrigues. Ainda de acordo com ele, não houve nenhuma ocorrência. "Em um momento os ânimos ficaram alterados, quando a liderança estava decidindo o que faria, mas não causou transtornos", pontuou.
FONTE:PORTAL G1
A reunião foi confirmada pelo secretário de Meio Ambiente da Fetarn, Francisco Assis de Araújo. "Nós queremos apresentar nossa indignação com relação a falta de compromisso do governo com a agricultura familiar", afirmou ao G1. Ainda de acordo com ele, a seca já trouxe grande prejuízos ao Estado. "O Estado tem mais de R$ 5 milhões em prejuízos, mais de 50% do rebanho morreu", anunciou sob um carro de som que guiava a caminhada. "Temos mais de sete mil pessoas aqui", completou.
Seu Pedro administra uma terra em São José do Campestre onde planta cereais, como arroz e milho e disse ao G1 que resolveu protestar porque nunca viu tanta seca e "inércia dos governantes", que não estão atuando para minimizar os estragos causados . “A situação está muito ruim esse ano. Agora está chovendo, mas ainda é muito pouco. A situação é precária e o Governo não está ajudando. Moro lá desde os meus cincos anos e nunca vi uma situação dessa”, disse. Durante mais de meia hora, seu Pedro e Teresinha Rodrigues do Nascimento, a esposa dele, de 68 anos, dançaram à sombra de uma árvore. Teresinha nem quis parar de dançar para dar entrevista. “Ninguém cansa de dançar. É muito bom”, disse.
Concentrados na Central de Comercialização, no bairro Lagoa Nova, em Natal, os trabalhadores rurais de vários segmentos, sindicatos e estudantes da #RevoltadoBusão fizeram uma caminhada pelas avenidas Mor Gouveia, Prudente de Morais e rua Raimundo Chaves, em Candelária, até chegar ao Centro Administrativo do Estado. As pessoas usavam gritos de guerra como "o povo na rua, governo a culpa é sua".
Durante o percurso, um carro distribuía água mineral aos manifestantes. “Se o governo não manda água para o sertão, pelo menos a gente tem aqui para matar a sede, para poder protestar”, disse a Maria de Fátima, de 33 anos, dona de casa que acompanhava o marido, agricultor, junto com seus dois filhos de 3 e 7 anos. Após uma parada em frente à Governadoria, os manifestantes pararam para almoçar as quentinhas distribuídas pelas federações, à sombra das árvores.
Segundo a Polícia Militar, a manifestação aconteceu de forma tranquila. "Estamos vendo muitos trabalhadores aqui, mulheres, idosos, crianças. Todo mundo está agindo de forma pacífica", disse o major Rodrigues. Ainda de acordo com ele, não houve nenhuma ocorrência. "Em um momento os ânimos ficaram alterados, quando a liderança estava decidindo o que faria, mas não causou transtornos", pontuou.
Água é distribuída para agricultores durante manifestação contra a seca (Foto: Igor Jácome/G1)
FONTE:PORTAL G1
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