Yuno Silva
Repórter
Após o infortúnio que tirou-lhe a vida no sertão sergipano, Maria Bonita parte em busca de seu amado Lampião na casa do capeta. Ao chegar na porta do inferno é engolida por uma serpente, e o cangaceiro propõe um acordo ao porteiro para tentar salvar sua parceira. A combinação não é aceita, e o Diabo resolve expulsar o invasor – tarefa que se torna cada vez mais difícil na medida que Lampião demonstra suas habilidades para se esquivar das artimanhas do Tinhoso... Quem vencerá a batalha? Maria Bonita será salva?
É na carona desta aventura épica, inspirada na obra do cordelista José Pacheco, que o artista Christian Mathias, 39, circula pelo RN com seus mamulengos – teatro de bonecos tipicamente nordestino que em terras potiguares foi batizado “João Redondo” por Câmara Cascudo (1898-1986). Ele já se apresentou na Feira do Carrasco, no bairro das Quintas, e na cidade de Santa Cruz; hoje ele chega a Picuí (PB) e no sábado (17) retorna ao RN para performance em Carnaúbas dos Dantas. Domingo (18) alcança Currais Novos, na próxima quinta (22) estará em Umarizal e dia 23 em Janduís.
Christian está turnê para reencontrar antigos parceiros como (os atores) João Pinheiro e Alex Benigno; conhecer outros mestres, como Damião da Rabeca; e seguir com pesquisa sobre o teatro de bonecos. “Por fim esse roteiro vai me levar até o Festival de Teatro de Rua de Aracati (CE)”, comentou o artista.
Rabecas, bonecos e flautas
Além da rabeca do mestre Damião, ele também esteve acompanhado na Feira do Carrasco pela flautista Gabriela Person, que ele conhece desde Campinas, e do ator-músico João Pinheiro. “Em cada cidade vou interagindo com artistas locais. Aqui em Natal contei com apoio dos Pontos de Cultura Boivivo e Mãos na Arte”, disse.
Nascido em São Paulo, Christian Mathias morou em Natal de 1984 a 1996 e por aqui se envolveu com a turma do Grupo Alegria Alegria de teatro de rua. Hoje ele mora em Campinas, onde é professor na Escola de Circo Além da Lona e pesquisador do núcleo de teatro de bonecos “A Mala dos Mamulengos”. “O nome do núcleo é uma homenagem ao grande mestre Chico Daniel, que carregava todo seu ‘elenco’ dentro de uma mala. Sempre foi minha principal referência”, garante.
Mathias contou que na época que planejava montar o espetáculo “A chegada de Lampião à casa do Tinhoso” encontrou Daniel de Chico, um dos filhos de Chico Daniel (1941-2007), durante um evento de bonequeiros em São Paulo. “Ele esculpiu a cabeça do Lampião e disse que eu não tinha mais desculpa para não montar o espetáculo”, recordou.
FeiraA passagem de Christian Mathias por Natal incentivou a retomada de um projeto que promove cortejo cultural e apresentações culturais nas feiras livres da cidade por integrantes do Pontos de Cultura Boivivo e Mãos na Arte. Para o ator João Pinheiro, o projeto tem tudo para voltar à ativa: “Já temos agendada nova apresentação dia 24 na Feira do Alecrim. Dessa vez vamos trazer um mamulengueiro de São Gonçalo do Amarante, mas a ideia é fechar o cortejo um dia com forró, no outro com pastoril... e assim vai”.
Pinheiro disse que procurou o secretário Raniere Barbosa, titular da Semsur (pasta municipal que cuida das feiras livres), e que há interesse na retomada. “Por enquanto vamos retomar de forma independente, mas a ideia é levar para todas as feiras da cidade. Precisamos de um suporte básico para levarmos a iniciativa adiante”, observou o ator. O VIVER procurou a Semsur, e a assessoria de imprensa do órgão informou que a Secretaria é favorável ao retomada do projeto e que basta o grupo retomar contato para o desdobramento das ações.
Repórter
Após o infortúnio que tirou-lhe a vida no sertão sergipano, Maria Bonita parte em busca de seu amado Lampião na casa do capeta. Ao chegar na porta do inferno é engolida por uma serpente, e o cangaceiro propõe um acordo ao porteiro para tentar salvar sua parceira. A combinação não é aceita, e o Diabo resolve expulsar o invasor – tarefa que se torna cada vez mais difícil na medida que Lampião demonstra suas habilidades para se esquivar das artimanhas do Tinhoso... Quem vencerá a batalha? Maria Bonita será salva?
É na carona desta aventura épica, inspirada na obra do cordelista José Pacheco, que o artista Christian Mathias, 39, circula pelo RN com seus mamulengos – teatro de bonecos tipicamente nordestino que em terras potiguares foi batizado “João Redondo” por Câmara Cascudo (1898-1986). Ele já se apresentou na Feira do Carrasco, no bairro das Quintas, e na cidade de Santa Cruz; hoje ele chega a Picuí (PB) e no sábado (17) retorna ao RN para performance em Carnaúbas dos Dantas. Domingo (18) alcança Currais Novos, na próxima quinta (22) estará em Umarizal e dia 23 em Janduís.
Cedida
Christian Mathias foi ator em Natal até meados dos anos 1990. Hoje mora em Campinas e dirige a Escola de Circo Além da Lona
Christian Mathias foi ator em Natal até meados dos anos 1990. Hoje mora em Campinas e dirige a Escola de Circo Além da LonaChristian está turnê para reencontrar antigos parceiros como (os atores) João Pinheiro e Alex Benigno; conhecer outros mestres, como Damião da Rabeca; e seguir com pesquisa sobre o teatro de bonecos. “Por fim esse roteiro vai me levar até o Festival de Teatro de Rua de Aracati (CE)”, comentou o artista.
Rabecas, bonecos e flautas
Além da rabeca do mestre Damião, ele também esteve acompanhado na Feira do Carrasco pela flautista Gabriela Person, que ele conhece desde Campinas, e do ator-músico João Pinheiro. “Em cada cidade vou interagindo com artistas locais. Aqui em Natal contei com apoio dos Pontos de Cultura Boivivo e Mãos na Arte”, disse.
Nascido em São Paulo, Christian Mathias morou em Natal de 1984 a 1996 e por aqui se envolveu com a turma do Grupo Alegria Alegria de teatro de rua. Hoje ele mora em Campinas, onde é professor na Escola de Circo Além da Lona e pesquisador do núcleo de teatro de bonecos “A Mala dos Mamulengos”. “O nome do núcleo é uma homenagem ao grande mestre Chico Daniel, que carregava todo seu ‘elenco’ dentro de uma mala. Sempre foi minha principal referência”, garante.
Mathias contou que na época que planejava montar o espetáculo “A chegada de Lampião à casa do Tinhoso” encontrou Daniel de Chico, um dos filhos de Chico Daniel (1941-2007), durante um evento de bonequeiros em São Paulo. “Ele esculpiu a cabeça do Lampião e disse que eu não tinha mais desculpa para não montar o espetáculo”, recordou.
FeiraA passagem de Christian Mathias por Natal incentivou a retomada de um projeto que promove cortejo cultural e apresentações culturais nas feiras livres da cidade por integrantes do Pontos de Cultura Boivivo e Mãos na Arte. Para o ator João Pinheiro, o projeto tem tudo para voltar à ativa: “Já temos agendada nova apresentação dia 24 na Feira do Alecrim. Dessa vez vamos trazer um mamulengueiro de São Gonçalo do Amarante, mas a ideia é fechar o cortejo um dia com forró, no outro com pastoril... e assim vai”.
Pinheiro disse que procurou o secretário Raniere Barbosa, titular da Semsur (pasta municipal que cuida das feiras livres), e que há interesse na retomada. “Por enquanto vamos retomar de forma independente, mas a ideia é levar para todas as feiras da cidade. Precisamos de um suporte básico para levarmos a iniciativa adiante”, observou o ator. O VIVER procurou a Semsur, e a assessoria de imprensa do órgão informou que a Secretaria é favorável ao retomada do projeto e que basta o grupo retomar contato para o desdobramento das ações.
TRIBUNA DO NORTE
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