As investigações da operação Lava Jato continuam transcorrendo e a denúncia contra os políticos suspeitos de envolvimento no esquema fraudulento deve sair na primeira semana de fevereiro. Ainda não está confirmado o número de possíveis réus que estarão citados e dos que serão alvo de inquérito para a continuidade da investigação. Informações apuradas pela imprensa nacional dão conta de que os investigadores do caso já têm nomes de pessoas citadas anteriormente que não deverão permanecer na investigação.
Em matéria publicada hoje pela Folha de São Paulo, fontes ouvidas dão como certa a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), do rol de suspeitos. Segundo apuração do jornal, investigadores entendem que não há indícios contra o parlamentar que justifiquem uma denúncia ou a continuidade da investigação.
Após ter seu nome citado como possível envolvido em esquema de desvio de recursos e lavagem de dinheiro, Henrique repudiou as denúncias.
"Não há qualquer hipótese de verdade no meu envolvimento com as irregularidades cometidas na Petrobras. Repilo qualquer insinuação nesse sentido. Tenho a consciência absolutamente tranquila. Reitero que a delação premiada é um instrumento que beneficia o réu e não deve ser tomada como prova de verdade. Para isso, há a investigação séria dos órgãos competentes”, disse Henrique depois de ter o nome citado como possível envolvido.
Por outro lado, o provável candidato à sucessão de Henrique no comando da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deverá ser alvo de investigação. De acordo com apuração da Folha de São Paulo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá solicitar a abertura de inquérito para investigar Cunha. O pedido é feito ao Supremo Tribunal Federal e será analisado pelo ministro Teori Zavascki, que, acatando a solicitação, libera a investigação contra Eduardo Cunha.
Em casos desse tipo a tendência é de autorização para a abertura dos inquéritos. No entanto, a aceitação não significa que há culpa por parte do suspeito. Somente após a investigação e processo no STF poderá ser definido os suspeitos são ou não culpados.
Ministério
Ainda em dezembro do ano passado, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) discutia sobre a formação do primeiro escalão da administração, Henrique Eduardo Alves havia informado que pediu ao PMDB para não ser indicado a nenhum ministério até que houvesse um desfecho na operação Lava Jato. Agora, a tendência é que o parlamentar seja indicado para o Ministério do Turismo, já em fevereiro, quando termina o mandato como presidente da Câmara dos Deputados
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