Um assaltante considerado de alta periculosidade fugiu, misteriosamente, da Penitenciária João Chaves, zona Norte de Natal, na noite do último sábado (22). Linden Johnson Silva Ferreira, de 21 anos, havia sido preso no final de2013, durante a Operação Revide – onde mais de 100 policiais civis deram cumprimento a 17 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão na Grande Natal que desarticularam uma grande quadrilha de roubos de carros.
De acordo com o diretor do presídio, Rondinelle Victor, Lindem Johnson escapou pela porta da frente. “Na noite que ele fugiu, só tinha um policial na penitenciária, pois os outros tinham saído na viatura. Esse policial estava ocupado preenchendo uma papelada e ele aproveitou para sair pela porta da frente”. Segundo Rondinelle, diligências foram feitas na casa de parentes de Lindem e também em outros endereços que constavam na ficha do fugitivo, mas ele ainda não foi encontrado.
O diretor explicou que Lindem Johnson trabalhava na cozinha do presídio para não ter contato com os outros presos, já que ele vinha sofrendo ameaças por ser considerado “dedo duro”. “Os outros presos não gostavam dele. Os outros presos acreditam que depois que ele foi preso, Lindem Johnson teria entregado os outros assaltantes. Por isso ele foi ameaçado diversas vezes e decidimos colocá-lo para trabalhar. Inclusive ele ficava em cela separada dos outros presos. Até por sofrer ameaças ele tinha um comportamento bem tranquilo aqui”, afirmou.
De acordo com o delegado adjunto da Deprov, delegado Emerson Valente, o preso Lindem Johnson estava com a prisão preventiva decretada e não deveria cumprir pena no regime semi-aberto, como estava fazendo no presídio Raimundo Nonato. “Lugar dele é no fechado. Nada de sair para passear ou desempenhar tarefas na área externa da unidade. Paralelo ao trabalho de investigação para a captura desse elemento, estamos apurando como ele conseguiu fugir, e ainda, se houve facilitação da guarda penitenciária”, disse
Rondinelle negou a informação de que Lindem Johnson estivesse realizando trabalhos externos no presídio. “Não existe nada disso. Ele estava trabalhando apenas internamente e por aquele motivo que eu falei, que ele estava sofrendo ameaças dos outros presos. Não teria o menor cabimento colocarmos um presos em regime semi-aberto se ele é para ficar no regime fechado”.
Nas investigações da Operação Revide, iniciadas em março de 2013, policiais concluíram que a quadrilha costumava utilizar veículos roubados e/ou furtados para “salvar” ou “clonar” outros com as mesmas características. De posse dos automóveis adulterados, alguns membros do bando praticavam outros crimes, como assaltos a residências e estabelecimentos comerciais, além de arrombamentos a veículos. Nas época, além de Lindem Johnson, foram presos seus pais: Linden johson Silva Ferreira, 39 anos e Necijane da Silva Marques Ferreira, 38 anos. Ambos já foram liberados.
fonte: Tribuna do norte
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