O cortejo fúnebre ao som da música “Porque homem não chora”, fenômeno atual nas rádios, teria sido um dos últimos desejos em vida de Isael Pereira de Freitas.
“Estou indo embora agora, por favor não implora, porque Homem não chora”. Foi ao som do cantor baiano Pablo, que um rapaz de 18 anos se despediu deste mundo e foi enterrado na terça-feira (11), no cemitério municipal de Caririaçu, cidade cearense distante 371 quilômetros de Mossoró e 503 de Fortaleza.
O cortejo fúnebre ao som da música “Porque homem não chora”, fenômeno atual nas rádios, teria sido um dos últimos desejos em vida de Isael Pereira de Freitas. A cena inusitada chamou a atenção de curiosos que chegaram a gravar um vídeo –clique aqui para assistir.
A música era tocada em uma moto-som volante que acompanhava a passagem do caixão pelas principais ruas do município com destino ao cemitério local.
A funerária responsável pelo cortejo afirmou que homenagens em geral, como a feita para Isael, ficam sob responsabilidade dos familiares e que não interfere na forma como são feitas.
Reflexo de luto
Embora curiosa, a professora Gisele Sucupira, da Universidade de Fortaleza, pós-graduada em tanatologia (estudo sobre a morte), afirma que a homenagem é uma forma de luto. “Estamos acostumados a ver sofrimento quando falamos de luto. Por isso, quando ouvimos uma música alegre tocando, achamos que a família não está sofrendo. É um engano! A morte de um ente nos causa muita dor. E cumprir um desejo, é uma maneira dolorosa de fechar um ciclo, de reconhecer que está acabando”, diz Gisele que complementa: “se não fosse feito, a família provavelmente sofreria pelo arrependimento de não ter realizado o pedido, mesmo sabendo que poderia”, salienta.
Isael Pereira de Freitas foi morto a tiros nas imediações de uma pousada, na manhã da ultima segunda-feira (10) no Centro de Caririaçu. A Polícia investiga o caso.
Fonte: Diário do Nordeste
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