quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

“O PT se autodenomina, mas não é partido de esquerda”, diz professor do Psol

O próprio PT assume uma posição pendular na busca de forças tradicionais para se compor e viabilizar seus projetos de Poder

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O professor Lailson de Almeida, do Psol, informou na manhã de hoje que está sendo formada uma Frente de Esquerda, composta por Psol, PSTU e PCB para se contrapor às candidaturas tradicionais ao Governo do Estado nas eleições de outubro. Ele disse que enquanto partidos como o PT perdem identidade e o discurso da ética, legendas de esquerda como o Psol, avançam na possibilidade de conquistar espaços e consequentemente, assumir o poder. “O PT se autodenomina, mas não é mais de esquerda”, afirma ele, acrescentando que o PT enquanto governo não implementou as políticas públicas, principalmente no setor da reforma agrária. Além disso, teve o fator mensalão que segundo ele, contribuição para derrocada do PT, daí o descrédito da população “O PT optou pelo agronegócio em vez de uma relação de parceria com os movimentos sociais e aqui no Estado buscou aproximação com movimentos de direita”, ressalta.
Lailson de Almeira entende que em razão da descaracterização do PT como partido que era praticante e defensor da ética e da moral, surge a decepção do povo brasileiro e consequentemente a perspectiva de crescimento das forças realmente de esquerda nessa eleição, tanto em nível estadual quanto nacional. “Candidaturas conservadoras e tradicionais como as do DEM, PSDB e PMDB estão com dificuldades de definições na chapa majoritária. O próprio PT assume uma posição pendular na busca de forças tradicionais para se compor e viabilizar seus projetos de Poder, por isso faz toda aliança possível, independentemente de ideologia ou referência política”, constata o professor do Psol.
REELEIÇÃO AMEAÇADA
Lailson de Almeida avalia ainda, que em razão desse e de vários outros fatores, a reeleição da presidenta Dilma Rousseff está ameaçada. Segundo ele, os próprios movimentos de rua e pesquisas de opinião pública demonstram que a recandidatura da presidenta oscila para cima e para baixo. “Isso demonstra também, que a base social/política da presidenta está perdendo força. Há ainda, uma expectativa que os movimentos populares de reivindicação de todas as categorias de setores públicos e privados ressurjam este ano, provocando abalos no projeto de reeleição da presidenta Dilma Rousseff”, observa, lembrando que as últimas pesquisas apontam para a possibilidade de que significativa parcela dos eleitores brasileiros demonstra intenção de não mais votar na presidenta.
CANDIDATURA PRÓPRIA
Até pouco tempo, pré-candidato ao Governo do Estado pelo Psol, o professor Lailson de Almeida retirou sua postulação por problemas de saúde (fará uma cirurgia), entretanto, confirma que o partido terá candidatura própria nas eleições deste ano e que as prévias internas continuam sendo feitas para escolha do nome do partido que disputará o cargo atualmente ocupado pela governadora Rosalba Ciarlini. “Por questões de saúde retirei minha postulação, mas temos os nomes do vereador Marcos Antonio, sindicalista Santino Arruda e do professor Robério Paulino na condição de pré-candidatos”, concluiu o professor. (JP)
FONTE: JHRN

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