Relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava a Jato identificou o funcionário José Ricardo Nogueira Breghirolli, da Construtora OAS, como um dos que atuariam para distribuir dinheiro arrecadado com supostas propinas do esquema da Petrobras. De acordo com o documento da PF, Breghirolli, que usava uma linha telefônica em nome da Coesa Engenharia, sócia da OAS, trocou diversas mensagens com Alberto Youssef e esteve no escritório dele pelo menos em 26 ocasiões entre agosto de 2013 e março de 2014.
Numa das trocas de mensagens, em 26 de fevereiro deste ano, os dois combinam a entrega de R$ 66 mil em um endereço em Porto Alegre.Já no dia 6 de março, o valor a ser entregue é mais alto: R$ 500 mil, em outro endereço na mesma cidade. O relatório lembra que a OAS foi responsável pela construção da Arena do Grêmio. O documento da PF afirma: interessante ainda apontar que o endereço de entrega é a residência de Eduardo Antonini, que atuou na construção do Estádio do Grêmio. Assim, há fortes indícios de que a entrega fora destinado ao mesmo”. Antonini foi membro do Conselho Deliberativo do clube.
A PF é clara sobre as suspeitas de que Breghirolli atuava a mando da OAS: ” Identificaram-se também diversos indícios que corroboram a tese de que José Ricardo coordenava os repasses de recursos ilícitos provenientes da OAS através de Youssef e sua rede de funcionários.”
Em 6 de março, a PF registra que Youssef e Breghirolli se encontraram em São Paulo. Na troca de mensagens entre ambos, o funcionário da OAS pede para que o doleiro não esqueça de levar os dólares – não é informado o valor.
Uma outra entrega de recursos em Canoas, segundo a interceptação da PF, teria sido feita por Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro da Cidades Mário Negromonte.
O Globo VIA BLOG DO BG
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