“Os
Guarani-Kaiowá , segundo maior grupo indígena no país com quase 50 mil pessoas,
constituem um dos exemplos mais dramáticos da situação de barbárie social a que
estão submetidos os povos originários” carta a Presidente Dilma.
O Brasil acompanha
chocado o drama dos indígenas Guarani -Kaiowás no Mato Grosso do Sul. A carta
divulgada por uma comunidade formada por 173 indígenas acampados à beira do rio
Hovy causou comoção em todo o país e até fora dele. E não é por menos. Ela
expressa a situação de desespero e angústia de uma comunidade que se vê
obrigada a enfrentar os pistoleiros contratados pelos latifundiários, uma
situação de extrema miséria e o mais completo abandono. E agora, ainda depara
com uma ordem de despejo da Justiça Federal de Naviraí que, mesmo suspensa
temporariamente, expressa bem o grau de abandono que caracteriza a atitude do
Estado brasileiro em relação aos povos originários do nosso país. Em determinado
momento, a carta chega a pedir para que se decrete a “dizimação e extinção
total” dos índios e que se envie “tratores para cavar um grande buraco para
jogar e enterrar” seus corpos. Não, presidenta Dilma, os indígenas encurralados
entre as balas dos jagunços e a ordem de despejo não desistiram de brigar por
sua terra. Pelo contrário, demonstram a mesma disposição de luta histórica que
garantiu sua própria sobrevivência após cinco séculos de escravidão, rapina e
genocídio. As palavras fortes da carta, porém, mostram a que ponto chegamos. Os Guarani-Kaiowá
, segundo maior grupo indígena no país com quase 50 mil pessoas, constituem um
dos exemplos mais dramáticos da situação de barbárie social a que estão
submetidos os povos originários. Segundo a Secretaria Especial de Saúde
Indígena (Sesai), 555 indígenas desse grupo se suicidaram entre 2000 e 2011
pelo abandono, falta de perspectivas e o confinamento cada vez maior devido ao
avanço do agronegócio. A maioria, jovens. Só este ano já ocorreram 30
suicídios.FONTE:http://www.vejabemvb.com/
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