terça-feira, 20 de novembro de 2012

UM ABRAÇO NO ATHENEU.....

Um abraço no Colégio Atheneu, um dos mais antigos da capital potiguar, aconteceu no início da manhã desta terça-feira (20). O objetivo dos ex-alunos, personalidades que estudaram na casa e professores é o de chamar a atenção do Governo Estadual para acelerar a reforma do prédio que passa por dificuldades estruturais elétricas e hidráulicas há vários anos. De acordo com a titular da Secretaria Estadual de Educação (Seec), Betânia Ramalho, a previsão de início da reforma do prédio é para o primeiro semestre de 2013.
A reforma da escola foi incluída no Plano de Ações Articuladas, do Governo Federal e está avaliada na ordem dos R$2 milhões, contemplando a parte estrutural, hidráulica e elétrica, bem como a construção de uma área de convivência, não existente atualmente. Sobre a contrapartida estadual, a titular da Seec garantiu que será não deva comprometer o orçamento do estado. "É um valor simbólico. Quero acompanhar essa reforma de perto e fazer com que se torne real", disse.





Betânia lembrou que o governo havia planejado reformar o Colégio Atheneu e outras grandes escolas de Natal este ano, com recursos próprios, mas  priorizou o pagamento do reajuste de 63,77% concedido aos professores, o que comprometeu a capacidade de investimentos da Secretaria de Educação.

Para Betânia, a parte estrutural é apenas uma parte para o fortalecimento da instituição. "Um novo projeto político-pedagógico já começou a ser elaborado para o Colégio Atheneu", assegurou . Segundo a secretária, o objetivo é reverter a evasão escolar e aumentar a  qualidade de ensino da tradicional escola da capital. Para a secretária, o principal problema que tem prejudicado o número de matrículas e a imagem da unidade envolve a gestão de pessoas e a gestão de conteúdos. 

"Fala-se muito do Atheneu como sendo uma escola que há anos precisa recuperar seu status, sua credibilidade, inclusive a questão estrutural, mas a gente pode observar que o problema não é apenas de estrutura. O problema é que existe uma crise forte no Atheneu, há muito tempo, de gestão. E a gestão passa também pelo problema da falta de comprometimento de alguns professores, de um projeto pedagógico com foco no ensino, na aprendizagem, no acompanhamento dos alunos", colocou.

A atual diretora da escola, professora Marcelle Lucena, concorda com a opinião de que o maior problema da escola não é a estrutura. "O problema maior é a falta de motivação de alguns professores. O professor contribui em 80% para que o trabalho seja realizado. Se eu tenho um professor que cumpre o seu horário e o seu papel, o aluno fica motivado e a questão estrutural é um complemento", encerrou.

Na próxima sexta-feira (23), Betânia Ramalho estará reunida em um novo encontro com os professores e a equipe pedagógica da escola, para discutir o tema. Na pauta está a busca pela definição de qual Ensino Médio é o mais promissor para o Atheneu, além de escutar os professores, conhecer quais são as demandas, como o governo pode dar mais condições para que eles possam fazer um bom planejamento de seus conteúdos. 

FONTE: TRIBUNA DO NORTE

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