Alguns concurseiros, alheios às pesquisas, elegeram o chocolate como amigo inseparável em tempos de estudos
Se isso parece complicado, menos vai parecer com as estimulantes dicas de nutricionistas que aconselham e até utilizam o alimento como fonte de combustível para o cérebro funcionar bem. Só não pode ser em excesso! Para Renata Lamarão, especialista em Nutrição clínica, Obesidade e Emagrecimento, o chocolate dá energia devido ao teor de carboidrato, além da sensação de bem-estar e felicidade, proporcionada pela maior produção de serotonina, substância responsável por melhorar o humor. “O açúcar do chocolate é metabolizado mais facilmente pelo organismo. Como a serotonina necessita desse carboidrato para ser produzida, ela entrará no sistema circulatório em maior quantidade. Por isso a sensação de prazer quase que imediato quando se ingere o produto”.
Epicatequina: a fonte do saboroso conhecimento
Outra experiência inusitada, mas que reforça a tese favorável ao uso do chocolate, rico em flavonóides (componentes do cacau), no auxílio da boa memória, foi a dos pesquisadores da universidade canadense de Calgary, Lee Fruson e Ken Lukowiak. Eles separaram a substância epicatequina, um tipo específico de flavonóide e, utilizando caracóis treinados em água com alta concentração de epicatequina, concluíram que eles armazeram mais memória e por mais tempo. De acordo com Lokowiak, as informações coletadas pelo estudo sugerem que processo similar ocorre em humanos. “Todos os dados de caracóis, vermes e moscas mostraram que os mecanismos que agem nestes animais são similares aos que atuam nos neurônios humanos", disse o cientista recentemente, ao site da Revista VEJA.
Segundo a reportagem, a ação do flavonóide ganhou ainda mais força quando Fruson e Lukowiak, posteriormente, fizeram o inverso e tentaram apagar as memórias adquiridas sob o efeito da substância, com estímulos inversos, que induziriam os caracóis a abrirem os tubos respiratórios. Os animais não responderam, levando-os a crer que a memória adquirida, sob o efeito da epicatequina, foi mais forte do que o novo estímulo para ser suplantada. A explicação leva à conclusão de que a epicatequina age diretamente sobre os neurônios que armazenam memória.
Também nutricionista, Carolina Liberato elenca ainda uma série de propriedades do chocolate, capazes de reforçar a fama de o alimento ser bom para o intelecto. A presença de metilxantinas, por exemplo, alcalóides com alto poder estimulador do sistema nervoso central, pode provocar sensações de bem-estar. Outra ação é o aumento da produção de feniletilamina que, quando ingerido, ativa a libertação de dopamina, substância que dá sensação de felicidade. Segundo ela, em cada cem gramas de chocolate é possível encontrar 160 miligramas de teobromina, outro fitoquímico em grande quantidade nos produtos de cacau. “Esta substância tem ação diurética, como a cafeína, estimulante do sistema nervoso central, do sistema respiratório e dos músculos cardíacos. Ou seja, chocolate é bom pra cabeça, respiração, coração e alma”, resume.
Estudantes também têm suas experiências...
Alguns concurseiros, alheios às pesquisas, elegeram o chocolate como amigo inseparável em tempos de estudos. Para eles, cada qual com sua experiência, não é o café, ou mesmo a mistureba de estimulantes, o amuleto companheiro para grudar os olhos nos livros. É o saboroso chocolate. Mariana Antonelli Santacruz Lima, de 34 anos, é formada em História. Ela diz que, desde pequena, já gostava muito do alimento. Atualmente, estudando intensamente para concursos, fica mais ansiosa e consome, pelo menos, algum produto que contenha chocolate todos os dias: “Minha experiência é a de que ele me acalma. Procuro os menos calóricos, como barrinhas de cereal que tenham chocolate ou aquelas bananinhas que vêm cobertas com ele. Eu me considero uma 'chocólatra'! Apesar de hoje em dia ser mais controlada! Mas é inegável que o chocolate diminui um pouco a tensão dos estudos. Sempre levo alguma barrinha comigo nos dias da prova para amansar o nervosismo”.
Daiane de Carvalho Holanda, de 29 anos, diz que utiliza o produto diariamente para desestressar: “Estudo no Centro de Estudos Guerra de Moraes e no Curso Pra Passar. O chocolate está sempre me acompanhando, pois me ajuda a encarar a correria diária entre trabalho e estudo, seja nas barras de cereal, de chocolate ou trufas. Comer, pelo menos, dois bombons ou uma barra de cem gramas por dia é essencial para acompanhar a minha rotina. Prefiro o branco e ao leite, mas não dispenso os outros. Tenho uma carga horária de estudos diária de, no mínimo, seis horas. Como a vida de um concurseiro é se abdicar de muitas coisas, o chocolate entra adoçando o nosso dia, trazendo uma sensação de bem-estar e com mais energia. Levar uma barrinha de chocolate ao realizar uma prova ajuda a controlar o nervosismo”.
A química Giselle Sefton de Oliveira Blois, de 31 anos, diz ter cortado o chocolate, por conta de uma promessa, mas diz que é “desesperador” abrir mão dessa delícia. “Eu amo chocolate; sempre amei! Acho que é um excelente calmante. Para aliviar a TPM só um chocolate... E é bom em qualquer hora do dia... O ruim é que engorda! Com relação aos estudos para concursos públicos acho que ele estimula a concentração e ajuda na ansiedade. Mas, eu engordei muito depois que comecei a estudar para concursos... Minha experiência é que ele distrai o sono, alivia o cansaço e ajuda na memorização. Já nas provas, o chocolate é essencial!! Prefiro, nesses momentos, os pequenos, como M&M, ou mini Bis, que são mais fáceis de se comer e não sujam as mãos. Acredito que eu seja uma 'chocólatra'! Hoje estou de promessa e cortei o chocolate... E isso é desesperador!!!!”.
FONTE: meionorte.com
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