sexta-feira, 3 de maio de 2013

HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DE LAGOA SALGADA/RN

                                                              HISTÓRICO
No final do século XVII, numa área considerada boa para o cultivo agrícola, teve início um
povoamento formado por roceiros que em busca de trabalho, ali chegaram e estabeleceram
moradia.
Situado entre Boa Saúde e Monte Alegre, o povoado que foi chamado Lagoa Salgada ficou como
distrito-vila do município de São José de Mipibu, até o dia 24 de novembro de 1953. Por força da
Lei no 2.747, de 7 de maio de 1962, desmembrou-se de Boa Saúde e tornou-se município.

1. IDENTIFICAÇÃO
Nome do Município: Lagoa Salgada
Lei de Criação: n° 2.747 Data: 07/05/1962
Desmembrado de: Boa Saúde
Microrregião do IBGE: Agreste Potiguar
Zona Homogênea do Planejamento: Agreste
Índice de Desenvolvimento Humano: 0,598
Classificação do IDH-M em Relação ao IDH-E: 133º
Esperança de Vida ao Nascer: 66,345
 

2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
2.1 – Localização, Área, Altitude da Sede, Distância em Relação à Capital e
Limites
Coordenadas Geográficas: latitude: 6° 07’ 15” Sul
longitude: 35° 28’ 38” Oeste
Área: 79,52 km², equivalente a 0,15% da superfície estadual.
Altitude da Sede: 99 metros
Distância em Relação à Capital: 52 km
Limites: Norte – Monte Alegre, Vera Cruz e Boa Saúde
Sul – Lagoa de Pedras e Serrinha
Leste – Monte Alegre e Lagoa de Pedras
Oeste – Boa Saúde
2.2 – Clima
Tipo: clima muito quente e semi-árido.
Precipitação Pluviométrica Anual (2007): normal: 793.4
observada: 638.1
desvio: -155.3 (mm)
Período Chuvoso: março a junho
Temperaturas Médias Anuais: máxima: 33,0 °C
média: 25,6 °C
mínima: 21,0 °C

Umidade Relativa Média Anual: 76%
Horas de Insolação: 2.700
2.3 – Formação Vegetal
Floresta Subcaducifólia - vegetação que se caracteriza pela queda das folhas das árvores durante
o período seco.
Caatinga Hipoxerófila - vegetação de clima semi-árido, apresenta arbustos e árvores com
espinhos e de aspecto menos agressivo do que a Caatinga Hipertxerófila. Entre outras espécies
destacam-se a catingueira, angico, juazeiro, braúna, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira.
2.4 – Solos
Solos predominantes e características principais:
Planosol Solódico - fertilidade natural alta, textura argilosa e arenosa, relevo suave ondulado,
imperfeitamente drenado, raso.
Podzólico Vermelho Amarelo abrúptico plinthico - fertilidade natural baixa, textura média, relevo
plano, moderada a imperfeitamente drenados, profundos.
Uso: os Planossolos são utilizados, principalmente, com pecuária e em pequenas áreas com
algodão, milho e feijão, consorciados, além de sisal e palma forrageira, em alguns locais. A
irrigação nestes solos é problemática, devido à pequena profundidade, problemas de manejo e
considerável teor de sódio trocável. Seu aproveitamento racional requer melhoramento das
pastagens e intensificação da palma forrageira.
Os Podzólicos são utilizados, na maior parte de sua área, com mandioca e fruticultura, além das
pastagens em pequenas áreas. Apresentam condições favoráveis a mecanização agrícola e
recomenda-se adubações parceladas e irrigação no período seco.
Aptidão Agrícola: regular pastagem plantada e para lavoura, aptas para culturas de ciclo longo
(algodão arbóreo, sisal, caju e coco).
Sistema de Manejo: baixo e médio nível tecnológico. As práticas agrícolas estão condicionadas ao
trabalho braçal e à tração animal, com implementos agrícolas simples.
2.5 – Relevo
De 100 a 200 metros de altitude.
Depressão sub-litorânea - terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior
altitude. Ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da Borborema.
2.6 – Aspectos Geológicos e Geomorfológicos

Geologicamente o município caracteriza-se por dois tipos de terrenos: o Embasamento Cristalino
e as coberturas Coluvio-eluviais. O Embasamento Cristalino aflora nas áreas mais baixas, nos
vales dos principais rios, sendo representado por migmatitos, anfibolitos, gnaisses, xistos,
granitos, com Idade Pré-Cambriana Média (1.100 - 2.500 milhões de anos). Enquanto as
coberturas Eluvio-coluviais (Paleocascalheiras) ocupando as partes topograficamente mais altas
do município, sendo caracterizadas por espessos solos arenosos, lixiviados e inconsolidados, de
idade Quartenária, que tiveram origem pelo intemperismo atuante sobre as rochas do grupo
Barreiras. Geomorfologicamente predominam formas tabulares de relevos, de topo plano, com
diferentes ordens de grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por
vales de fundo plano.
Ocorrências Minerais: mineral não metálico - Diatomito
Diatomito - ocorrências localizadas na Lagoa de São Mateus. Este mineral possui características
física e química de grande importância para uso industrial como isolante térmico e acústico,
coadjuvante na filtração, absorvente, abrasivo moderado, etc.
Recursos Minerais Associados
Grupo Barreiras e Paleocascalheiras - cascalho, material utilizados para construção civil; seixos e
calhaus de calcedónia, utilizada em artesanato mineral e em moinhos de bolas, água mineral,
utilizada para o consumo humano.
Complexo Gnáissico-Migmatítico - rocha ornamental especialmente migmatitos utilizado em piso e
revestimento; brita e rocha dimensionada utilizada para construção civil.
2.7 – Recursos Hídricos
Hidrogeologia:
Aqüífero Cristalino - engloba todas as rochas cristalinas, onde o armazenamento de águas
subterrâneas somente se torna possível quando a geologia local apresentar fraturas associadas a
uma cobertura de solos residuais significativa. Os poços perfurados apresentam uma vazão média
baixa de 3,05 m³/h e uma profundidade de até 60 m, com água comumente apresentando alto
teor salino de 480 a 1.400 mg/1 com restrições para consumo humano e uso agrícola.
Aqüífero Aluvião - apresenta-se disperso, sendo constituído pelos sedimentos depositados nos
leitos e terraços dos rios e riachos de maior porte. Estes depósitos caracterizam-se pela alta
permeabilidade, boas condições de realimentação e uma profundidade média em torno de 7
metros. A qualidade da água geralmente é boa e pouco explorada.
Hidrologia:
O município encontra-se com 100% do seu território inserido na Bacia Hidrográfica do rio Trairi.
Rios: rio Trairi
Riachos: da Ronca, (Córrego de São Mateus)
Lagoas: Catolé, São Mateus, Sobrado, Capim Grosso, Genipapo, dos Porcos, das Louças, Santo
Antonio, Sertaneja, Grande, Parelhas, Redonda, Salgada.
Açudes com Capacidade de Acumulação Superior a 100.000 m³:

Públicos Comunitários Rio/Riacho Barrado Capacidade (m³)
Lagoa Salgada - Riacho São Mateus 1 263 200
Santa Cruz - Rio Trairi 5 159 000
O município não dispõe de mananciais com qualidade e quantidade que permitam a implantação
de obras de abastecimento. Portanto, faz-se necessário o beneficiamento de oferta de água
através do Sistema Adutor Agreste/Trairi/Potengi, que tem como objetivo o abastecimento
humano e dessedentação animal. Também conhecido como Adutora Monsenhor Expedito, o
sistema possui uma extensão total de 316 km, a captação d’água é feita no Sistema Lacustre
Bonfim, calizado no município de Nísia Floresta e possibilita uma vazão total de 452,32 l/s ou
1.628,35 m³/h.




FONTE:http://www.idema.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/idema/socio_economicos/arquivos/Perfil%202008/Lagoa%20Salgada.pdf

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