A insegurança pública continua assustando usuários, cobradores e motoristas de ônibus de Natal, causando protesto dos trabalhadores do transporte de passageiros. Nesta segunda-feira (17), os funcionários dos ônibus interditaram o trânsito nos bairros do centro da cidade com apoio do Sindicato dos Profissionais de Transporte do Rio Grande do Norte (Sintro/RN). O motivo da paralisação foram os 13 assaltos registrados no último fim de semana na região metropolitana, segundo o Sintro.
Emanuel AmaralA paralisação provocou congestionamentos na Cidade Alta e no Alecrim. Os rodoviários prometem mais mobilizações, caso não sejam adotadas providências imediatas
Mais do que números, as estatísticas revelam que a onda de criminalidade tem aumentado. De acordo com o Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) no mês de maio, foram registrados 33 assaltos nas linhas do transporte coletivo da região metropolitana que incluem Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo e Extremoz.
Os dados da Polícia mostram que no mês de maio, a média era de um assalto por dia e no fim de semana o número quadruplicou. De acordo com o comandante do Policiamento Metropolitano, Alarico Azevedo, os números da violência no transporte público devem ser ainda maiores, já que os funcionários vítimas de assaltos registram boletins de ocorrência nas delegacias e não acionam a Polícia através do telefone. “Os números da Polícia nem sempre são absolutos porque os funcionários vão direto às delegacias e informam as empresas, ficando os casos sem investigação”, explica o coronel.
Os assaltos a ônibus que são registrados no 190 recebem atendimento de urgência e são listados em estatísticas para o planejamento estratégico da polícia em blitz e são investigados em inquéritos. “O ideal é que as vítimas informem ao 190 para que seja intensificado o patrulhamento naquela região e horário”, explica o coronel. Ao ser questionado sobre os locais e horários dos crimes, Alarico prefere não informar alegando a migração dos criminosos a outras regiões de Natal e municípios vizinhos.
No Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Natal (Seturn), o problema é o mesmo: a falta de informação. As notificações feitas pelas empresas do sistema de transporte são incompletas, ficando os números destacados apenas em casos como o do último fim de semana quando os assaltos superaram a média diária.
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