quarta-feira, 19 de junho de 2013

Para se livrar da culpa, adolescente que confessou ter matado a mãe criou roteiro e ensaiou discurso à polícia

 
Adolescente e o namorado pensaram em detalhes para fugir da culpa pelo assassinato de Adriana Jadson Marques/Agência Estado
A adolescente de 17 anos que confessou ter matado a mãe dentro de casa no Cachambi, zona norte do Rio, pensou nos mínimos detalhes para se livrar da culpa. Após estrangular e sufocar Adriana Moura de Rocha, de 43 anos, a filha elaborou um roteiro para comunicar o desaparecimento da mãe na Delegacia da Taquara (32ª DP).
De acordo com o delegado Maurício Mendonça, a menina anotou em uma folha o passo a passo do que contaria à polícia. A menor ensaiou tudo e ainda tentou criar um álibi.
— Ela anotou coisas como o horário que diria à polícia que acordou, o local onde supostamente estaria no momento do crime. Estava tudo planejado.
A adolescente e o namorado, Daniel Duarte Peixoto, de 20 anos, mataram Adriana na noite do dia 25 de maio. A polícia informou que a mãe não aprovava o relacionamento depouco mais de quatro meses. Além disso, há suspeita de que um seguro de vida de R$ 15 mil — que estava no nome da menor — também tenha motivado o crime.
A menina de 17 anos deverá cumprir três anos de medidas socioeducativas e o rapaz deve pegar pena de 20 a 30 anos, segundo a polícia.
Farsa desmascarada
Os namorados procuraram a polícia pouco depois da morte de Adriana, para prestar queixa do desaparecimento da mulher. A adolescente e o jovem tentaram apontar uma vizinha como principal suspeita pelo sumiço.
No entanto, os investigadores conseguiram desmentir os depoimentos quando analisaram câmeras de monitoramento de trânsito da prefeitura. O trajeto do carro dirigido por Daniel não era compatível com o que ele havia descrito.
O casal confessou como ocorreu o crime. A menina contou que, enquanto a mãe dormia, aplicou um mata-leão, golpe usado para estrangulamento. A vítima demorou a morrer e, então, o namorado da filha chegou ao quarto para finalizar o crime com um saco plástico.
Eles colocaram o corpo no automóvel do rapaz, compraram álcool e levaram até um terreno em Duque de Caxias, onde colocaram fogo.
Frieza              
A polícia confirmou a autoria do assassinato ao pedir a quebra do sigilo telefônico do casal. O corpo foi localizado já em avançado estado de decomposição. O delegado Antônio Ricardo, titular da 32ª DP, disse que ficou abismado ao ver a reação da menina diante da foto com os restos mortais da mãe.
— É estarrecedor. Ela é fria, calculista, e nem quando ela viu a foto do corpo da mãe em adiantado estado de decomposição esboçou reação.
 A morte de Adriana Moura de Rocha, assassinada pela própria filha, de 17
anos, em 25 de maio, foi marcada por planejamento e muita frieza. De acordo com
a polícia, a adolescente pensou nos mínimos detalhes antes de comunicar o
desaparecimento da mãe. Na casa onde elas moravam, no Cachambi, zona norte, os
investigadores encontraram uma lista com tópicos para criar um álibi, como
contou o delegado Maurício Mendonça, da Delegacia da Taquara (32ª DP).— Ela anotou coisas como o horário que diria à polícia que acordou, o local
onde supostamente estaria no momento do crime. Estava tudo planejado. Leia mais


FONTE: PORTAL R7

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