quinta-feira, 26 de setembro de 2013

VILMA & GARIBALDI, AMIGOS....

Garibaldi Filho disse haver “desarmamento de espírito” porque político “não se faz com ressentimento”. Foto: Claudio Abdon
Garibaldi Filho disse haver “desarmamento de espírito” porque político “não se faz com ressentimento”. Foto: Claudio Abdon
O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), disse hoje que há “desarmamento” político entre ele e a ex-governadora Wilma de Faria, presidente estadual do PSB e adversária dele na última disputa pelo Senado, em 2010, quando a atual vice-prefeita de Natal foi derrotada por ele e pelo senador José Agripino (DEM). O ministro disse ainda que “política não se faz com ressentimento”.
“Eu acho que não tem muito o que declarar sobre isso, a não ser que há esse desarmamento de espíritos, mas a política, eu já disse no discurso, e ela afirmou nessa entrevista, não se faz com ressentimento”, declarou o ministro, ao ser abordado pela reportagem de O Jornal de Hoje sobre as recentes declarações da ex-governadora, afirmando que “não há mágoas” em relação ao ministro.
Em entrevista à 96 FM, Wilma disse que o ministro Garibaldi não precisa ter mágoas dela, porque, tanto ela venceu o ministro, em 2006, quando ela disputou a reeleição para o governo do Estado, quanto o ministro venceu a pessebista, na última disputa senatorial. “Eu acho que não tem mágoa, porque se for por isso, ele também já me venceu”, respondeu Wilma ao ser questionada sobre a declaração do ministro Garibaldi.
“Não é para ter mágoa, nós temos que pensar é no futuro do RN. Temos que discutir o projeto para o RN, fazer diagnóstico da situação vexatória que temos passado, é um momento difícil. São muitas notícias negativas. Nós sentimos o povo com um sofrimento muito grande pelos serviços que não estão funcionando. É muito preocupante”, afirmou Wilma de Faria.
ALIANÇA
Instado a falar sobre a possibilidade de aliança entre PMDB e PSB para as eleições de 2014, o ministro da Previdência, Garibaldi Filho, disse não enxergar nenhuma dificuldade, disse, ressaltando, entretanto, que não há nada de concreto em relação a isso. “Não há nenhum fato novo. Eu acredito que pode (haver composição), não há nada concreto. Concretamente, eu pelo menos não participei de nenhuma articulação”, afirmou.
Ainda sobre eventual futura aliança com o PSB, além de enfatizar que não há nada de concreto, o ministro deixou claro que quem irá anunciar qualquer novidade será o presidente do partido, Henrique Eduardo Alves. “Não há nada de concreto, se há possibilidade de haver uma composição, pode vir a ter. Mas não tem nada de concreto, e não seria eu que iria anunciar”.
HOMENAGEM
Nesta sexta, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, dirigente do PMDB no Rio Grande do Norte, confirmou uma homenagem da Câmara dos Deputados à ex-governadora Wilma de Faria, que foi deputada federal constituinte em 1988. Nos bastidores, a interpretação foi de uma reaproximação entre o PMDB e a socialista.
Para Garibaldi, porém, envolver a homenagem com a política é diminuir a celebração da Constituinte. “Esta é uma iniciativa de Henrique, como presidente da Câmara, para não deixar o RN de fora dessa homenagem e homenagear os constituintes. Envolver isso com política é até diminuir o que vai acontecer na Câmara quando da celebração da Constituinte”, observou.

Ministro revela “dificuldade” para PMDB ter candidato próprio
Embora o PMDB tenha anunciado que terá candidato próprio a governador, o ministro Garibaldi disse que a legenda está enfrentando “dificuldades e resistências” da parte de integrantes. “Há um esforço muito grande da nossa parte e dos peemedebistas para termos esse candidato próprio. Isso é verdade. Agora, há dificuldades, e há resistências, por parte de alguns nomes. E isso eu confesso que já está se tornando meio constrangedor. Não para mim apenas, mas para os outros. Mas estamos fazendo esforço para ter candidato”, disse o ministro.
Garibaldi disse ainda que enquanto não houver a definição do candidato do PMDB, o partido não se pronunciará sobre apoio a candidatos de outros partidos. A referência indireta é ao o vice-governador Robinson Faria (PSD) e ao prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT). “Robinson não é o candidato próprio, nem outros, enquanto houver essa possibilidade de o PMDB ter candidato.
Carlos Eduardo também. Ele não é do PMDB. E enquanto houver esse esforço (por candidatura própria), esses nomes não estão incluídos”, afirmou.
O ministro ressaltou que essa posição, porém, não significa de maneira nenhum veto, seja a Robinson, seja a Carlos Eduardo. “Não significa veto ou restrição, e se o partido evoluir, não significa que não podemos apoiar um desses nomes”.

CONVERSAS
Após o rompimento político do PMDB com o governo Rosalba Ciarlini, o ministro Garibaldi manteve conversas tanto com Robinson, aqui em Natal, quanto Carlos Eduardo, em Brasília. Em ambos os casos, houve conversas políticas especialmente de sondagens sobre a sucessão de 2014.
Tanto Robinson quanto Carlos Eduardo poderá ter o apoio do PMDB, sobretudo se o partido optar por não apresentar nomes para as eleições do ano que vem. Entre os nomes cotados do PMDB para disputar o cargo de governador, figuram o de Garibaldi e o do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. O deputado Walter Alves já declarou que é candidato à reeleição.
FONTE: JH RN

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