Os 22 anos de realização do Carnatal, maior micareta do Brasil, causaram diversos danos ambientais na visão da Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Rossana Sudário. Segundo ela, é necessário que a degradação ambiental causada em detrimento do evento seja, de alguma maneira, recompensada. Sem apresentar um valor liquidado a cerca dos danos causados, a promotora vem tentando discutir com a empresa responsável pelo evento, a Destaque Promoções, um meio de conciliação. Para ela, uma das formas da empresa compensar os danos seria contribuindo com a castração de gatos de rua.
Apesar de soar estranho, a proposta levantada pela Promotora do Meio Ambiente visa garantir que os prejuízos causados possam ser compensados em algum benefício para a população. De acordo com ela, um dos maiores problemas da promotoria e de órgãos públicos relacionais à saúde e meio ambiente se dá na extinção dos gatos de rua, transmissores de doenças.
“A minha proposta é de conciliação. São muitos anos do evento que geram conseqüências ao meio ambiente. Como não se trata de um processo, não tenho como mensurar o valor desse prejuízo, mas posso sugerir uma compensação. E é isso que estou tentando negociar”, afirmou a promotora. “Nós temos muita dificuldade em resolver os problemas dos animais. Acredito que essa seja uma ótima maneira da Destaque compensar os prejuízos”, destacou.
O município de Natal não possui hospital público para animais. Sob esse argumento, a promotora Rossana Sudário propôs que a empresa venha a ceder uma de suas propriedades para construção de um hospital. Essa proposta foi apresentada durante audiência de conciliação realizada na manhã de hoje, no Ministério Público. “O representante da Destaque alegou que está passando por crise financeira, mas sabemos que eles têm propriedades que podem nos ajudar. Porém, nada ficou definido”, disse Rossana.
Outra audiência de conciliação entre a promotora e a Destaque Promoções foi agendada para o dia 22 de outubro, oportunidade em que a empresa deverá apresentar uma contraproposta. “A Destaque quer contribuir, mas também não reconhece que deve algo. Essa proposta foi um tanto inesperada para nós, mas ainda iremos avaliar melhor. Veremos o que poderá ser apresentado na próxima audiência”, declarou Francisco Canindé Alves, advogado da Destaque.
FONTE:JHRN
Nenhum comentário:
Postar um comentário