terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Detento paga propina para diretores de prisão em dez vezes no cartão de crédito

A denúncia sobre irregularidades foi confirmada pelo depoimento do presidiário José Welton à Comissão Especial de Processo Administrativo. Foto: Divulgação
A denúncia sobre irregularidades foi confirmada pelo depoimento do presidiário José Welton à Comissão Especial de Processo Administrativo. Foto: Divulgação
O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Norte ofereceu denúncia à Justiça do Estado contra dois ex-diretores da Penitenciária Rogério Coutinho Madruga (Alcaçuz), em Nísia Floresta, na Grande Natal, que teriam cobrado e recebido propina de presos que desejavam ter facilidades dentro da prisão, benefício de progressão de pena ou a transferência de presídio.
Segundo os promotores do MP, em um dos casos, o detento Walker A. da Silva pagou a compra para uma bomba d’água para a penitenciária com o seu cartão de crédito, de bandeira Visa, parcelando o valor em dez vezes.
A investigação aponta que a compra da bomba aparece como pagamento para que Walker e outros comparsas circulassem livremente fora da prisão.
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Foram denunciados à Justiça o ex-diretor do presídio Adalberto Luiz Avelino e o seu sucessor, Alexandre Medeiros de Assis. Na denúncia, é descrito que os dois pediram “diuturnamente vantagens patrimoniais criminosas” aos presos. Os dois ex-diretores são acusados de “solicitação em razão da função de vantagem e indevida corrupção passiva.”
A denúncia sobre irregularidades foi confirmada pelo depoimento do presidiário José Welton de Assis à Comissão Especial de Processo Administrativo. Segundo ele, o ex-diretor Adalberto Luiz Avelino “solicitou e recebeu indevidamente” a quantia de R$ 15 mil para o detento ser transferido do sistema carcerário do Rio Grande do Norte para o de Sergipe.
Foram denunciados à Justiça o ex-diretor do presídio Adalberto Luiz Avelino e o seu sucessor, Alexandre Medeiros de Assis (detalhe). Foto: Divulgação
Foram denunciados à Justiça o ex-diretor do presídio Adalberto Luiz Avelino e o seu sucessor, Alexandre Medeiros de Assis (detalhe). Foto: Divulgação
Os promotores alegam que a materialidade do crime está devidamente comprovada por meio dos três comprovantes de depósitos bancários, cada qual no valor de R$ 5 mil, emitidos pelo advogado de Welton, Oscar Soares, em benefício de Adalberto Luiz Avelino. Abaixo, os comprovantes de depósito.
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Ainda segundo o depoimento de Welton, após realizar os pagamentos e não ser transferido, o ex-diretor Alexandre Medeiros, que sucedeu Avelino no cargo, o procurou e afirmou que providenciaria o seu retorno a Sergipe mediante o pagamento de R$ 50 mil. Como não aceitou a proposta, Welton disse que passou a sofrer represálias por parte do então diretor.
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Fonte: JHRN

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