sábado, 10 de novembro de 2012

NATAL É Guarani-Kaiowá

Índios são ameaçados de perder as terras onde se estabeleceram no MS.

DEU NO PORTAL Do G1 RN

Estudantes saem pintam os rostos em solidariedade aos índios Guarani-Kaiowá (Foto: Caroline Holder/ G1)Estudantes pintam os rostos em solidariedade aos índios Guarani-Kaiowá (Foto: Caroline Holder/ G1)
Estudantes universitários de Natal pintaram os rostos em solidariedade aos índios Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, que lutam pela demarcação de terras. O grupo se reuniu na Praça Cívica, no final da tarde desta sexta-feira (9). Uma índia do Equador também participou do protesto. Ao G1, ela falou sobre a importância da terra para o povo indígena.
Índia equatoriana participou do protesto (Foto: Caroline Holder/ G1)Índia equatoriana Magnalena
(Foto: Caroline Holder/ G1)
“Nós somos parte da terra. Quando nos fixamos em um lugar, a terra passa a ser nosso espaço. Temos carinho, amor e dependência. Não podem quebrar essa ligação. É uma necessidade eterna. Precisamos respaldar o setor indígena não só no Brasil, mas em todo a América Latina”, disse Magnalena, da tribo La Calera. A índia está em Natal participando do Congresso Internacional de Economia Solidária.
O protesto acontece em várias partes do país em solidariedade aos Guarani-Kaiowá. Os índios ocuparam a fazenda Cambará em novembro do ano passado, três meses depois de terem o acampamento onde moravam destruído em um ataque no dia 23 de agosto de 2011. Agora, eles lutam na Justiça para permanecer no local. A comunidade anunciou "morte coletiva" caso tivessem que deixar o local, que pertence a um fazendeiro.
Manifestação em Natal (Foto: Caroline Holder/ G1)Estudantes se pintaram e colocaram adereços.
Bandeira representa os índios da América Latina
(Foto: Caroline Holder/ G1)
Conforme o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o termo não indica suicídio coletivo, mas que os Guarani-Kaiowá vão resistir à desocupação até a morte se for preciso.
“É preciso respeitar o lugar deles. A comunidade permanece lá por força de uma liminar, mas a decisão pode cair a qualquer momento. E a Justiça Federal pode retirá-los de lá. É uma extrema falta de respeito. Estamos solidários a eles”, enfatizou Rodrigo Menezes, estudante de História da UFRN.
Na Praça Cívica, o pequeno grupo de estudantes de Natal esperava a chegada de mais participantes para apresentar a dança típica da comunidade indígena e fazer a leitura da carta elaborada pelos Guarani-Kaiowá. “Este protesto não vai parar aqui. Estamos lutando por uma causa de Mato Grosso do Sul, mas vamos aproveitar para lutar pelos povos indígenas do nosso estado. Por isso é importante a adesão dos potiguares”, afirmou uma manifestante.

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