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Foto: Sérgio Costa/Portal BO
O superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, o delegado Kandy Takahashi, concedeu entrevista ao Portal BO, nesta terça-feira (2), e falou sobre os casos de assaltos contra agências dos Correios no Estado. Ele acredita que os crimes não são praticados por uma quadrilha específica.
“A percepção que temos é que esse tipo de roubo é feito por pessoas da região e, às vezes, até mesmo da própria cidade. Temos casos, inclusive, que o assaltante invadiu a agência e depois empreendeu fuga em bicicleta. Então, não acreditamos que esses casos, principalmente no interior, seja ação de uma quadrilha especializada”, comenta.
Em relação aos recentes assaltos, o delegado Kandy Takahashi explica que a Polícia Federal faz trabalho de inteligência como forma de tentar antecipar a ação de algum grupo especializado, porém, como a maioria das ocorrências não estão associadas a um único grupo, o trabalho de investigação tem se concentrado mais no pós-crime, com realização de perícia, interrogatórios e identificação dos ladrões.
Atualmente, a Superintendência da Polícia Federal conta com uma unidade específica para apurar crimes como roubo aos Correios. “Temos a Delegacia de Combate aos Crimes contra o Patrimônio, com dois delegados e efetivo próprio, e que investiga os casos na região da Grande Natal. Na região de Mossoró, são os policiais de lá que se responsabilizam pelas investigações”, destaca.
Ainda de acordo com o delegado Kandy Takahashi, existe uma determinação judicial, motivada por uma ação civil pública do Ministério Público Federal, que estabelece que os Correios devem adotar medidas como instalação de porta giratória, segurança privada e monitoramento de câmeras, o que na prática não tem sido cumprido.
A reportagem também entrou em contato com os Correios para tentar obter informações sobre os assaltos, mas o chefe de comunicação da empresa, Mauro José da Silva, explicou que os Correios não costumam divulgar detalhes sobre os roubos, principalmente números, como forma de evitar exposição da estrutura das agências e, possivelmente, estimular novos assaltos.
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