segunda-feira, 22 de abril de 2013

Assistir à TV com smartphones e tablets na mão aproxima telespectador


 
A sua TV já não cabe mais naquele aparelho da sala chamado televisor.
Ela se expandiu para, agora sim, uma telinha: as de seu computador, celular e tablet. E, por saber que você está na frente de um desses dispositivos --ou navegando na internet enquanto assiste à programação--, quem faz televisão não quer perder sua atenção.
Segundo o Ibope, 43% dos internautas assistem à televisão enquanto navegam; nos EUA, são 77% das pessoas, de acordo com dados do Google.
A consequência disso é a ascensão da chamada "segunda tela", o termo do momento entre as emissoras.
Os aparelhos que se conectam à web permitem à audiência interagir com o que está passando na TV, seja acessando informações complementares, sincronizadas à transmissão, seja comentando sobre a programação nas redes sociais.
Daniel Marenco/Folhapress
Allan Novo, telespectador que comenta os programas que vê na TV nas redes sociais
Allan Novo, telespectador que comenta os programas que vê na TV nas redes sociais

"É um fenômeno estabelecido que tende a evoluir", diz Juliana Sawaia, 35, gerente do Ibope Media. "As pessoas não estão abandonando a TV, estão consumindo-a de outra forma."
Emissoras e patrocinadores têm investido em aplicativos para celulares e tablets que fazem a ponte entre a programação e a internet --quem assiste a uma corrida de F1 ou a um jogo de futebol, por exemplo, pode seguir estatísticas extras.
Já os fãs das séries "The Walking Dead" ou "Hannibal" baixam os aplicativos das séries e podem, enquanto assistem ao episódio, obter informações detalhadas sobre o passado de um personagem, por exemplo.
Atenta ao fenômeno, a Rede Globo lançou recentemente seu app, o Com_VC.
"As mídias sociais enriqueceram a forma de ver TV, deram um dinamismo novo às conversas", diz Sergio Valente, diretor de comunicação da Rede Globo.
A segunda tela também serve para dar vazão à sede de consumo disparada pela TV, como mostra o exemplo do site brasileiro TV Square.
"Você coloca o que está vendo e tem não só informações do que as pessoas estão vestindo, mas acessa os links para comprá-los", diz Mariana Eva, 39, fundadora do TV Square.
TV+INTERNET = $$$
O potencial mercadológico da interação entre TV e internet já é explorado.
No maior negócio de sua história, o Twitter pagou quase US$ 100 milhões pela Bluefin Labs, criadora de uma plataforma que mede as reações das redes sociais à programação de TV.
No Brasil, o Ibope se uniu ao site Qual Canal?, que monitora a repercussão de programas de televisão nas mídias sociais, para avaliar a influência das interações on-line na audiência televisiva. É o tipo de informação que vale ouro para os canais.
"Temos estudado, assim como as demais emissoras, como a conversa social promove o engajamento do público com os conteúdos, gerando interesse sobre o que está sendo exibido e, assim, contribuindo para a audiência do programa", diz Valente, da Globo.
Uma pesquisa recente da Motorola Mobility mostrou que 78% dos entrevistados no Brasil se disseram interessados em relacionar seus perfis de redes sociais com os serviço de TV, de forma que pudessem mostrar aos amigos o que estão vendo e discutir isso on-line.

fonte:folha.com

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