Para membro de comunicação do movimento 'é hora de repensar os atos'.
'Não se deve impedir o direito de ir e vir do cidadão', diz comando da PM.
“Está na hora do movimento repensar sua posição”. A opinião é de Tiago Azevedo de Aguiar, membro do comitê de Comunicação da #RevoltadoBusão, movimento que nas últimas semanas vem realizando protestos pelas ruas e avenidas da cidade contra o aumento da passagem de ônibus e que também reivindica melhorias no sistema de trasporte público na Grande Natal.
Nesta quinta-feira (6), os manifestantes voltaram a interditar vias públicas da capital. Desta vez não houve confronto com a polícia, mas durante quatro horas pneus foram incendiados, lixo espalhado, paredes pichadas, placas de trânsito e de publicidade quebradas. Um manifestante caiu do alto do viaduto do 4º Centenário, sofrendo ferimentos leves e alguns motoristas pararam de circular. Segundo a assessoria do hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, o estudante foi cirurgiado nas duas pernas e no braço esquerdo, e passa bem. Ele continua internado no hospital.
Na pauta de reivindicações do movimento, que realizou o primeiro protesto no dia 15 de maio, consta a redução imediata das tarifas em toda a Grande Natal; fim da dupla função do motorista cobrador; bilhetagem única (ônibus e alternativos); integração entre os ônibus da região metropolitana; passe-livre para estudantes e desempregados; criação do fórum permanente sobre transporte público; ônibus 24 horas; renovação imediata de toda frota; retorno imediato de todas as linhas extintas; e construção de corredores exclusivos para ônibus, bem como malha viária adequada para ciclistas (ciclovias).No final da noite desta quinta, após o final do protesto, que segundo estimativa da Polícia Militar reuniu pouco mais de 400 pessoas, Tiago Aguiar fez um desabafo na página fechada que o #RevoltadoBusão mantém no Facebook. A rede possui, atualmente, 6.700 membros. Lá, ele escreveu: “Acho que chegamos a uma encruzilhada. Atos neste estilo de pura indignação surtem efeito quando há um desgaste do poder público junto à população. Não é o caso. Além disso, o Seturn retira os ônibus, acabamos apenas ganhando a antipatia da população e perdendo o poder de ação real. Eu sinceramente apenas me proponho a partir de hoje a protestar em atos os quais nos articulemos, planejamos, montamos grupos de trabalhos para atuar em tarefas decididas. Ato de puro caos para adolescente descarregar os hormônios, eu estou fora. Além de não dar resultado é tudo o que o Seturn deseja”.
Segundo o coronel Francisco Araújo, comandante geral da Polícia Militar no Rio Grande do Norte, o ato de protestar é uma garantia constitucional, mas ele não vê necessidade de os manifestantes interditarem vias públicas. “Protestar é um direito, mas o cidadão também tem o direito de ir e vir”, pontuou.
Quinta de protestos
Em Natal, o movimento #RevoltadoBusão voltou às ruas para novamente protestar contra os aumentos nas passagens dos ônibus da Grande Natal e cobrar melhorias no transporte público. Centenas de manifestantes participaram do ato, que começou a concentração por volta das 17h nas imediações do viaduto da BR-101 no cojunto Mirassol, e se encerrou às 21h30 nas proximidades do shopping Midway Mall. Protestos semelhantes aconteceram nesta quinta em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Goiânia.
Em Natal, o movimento #RevoltadoBusão voltou às ruas para novamente protestar contra os aumentos nas passagens dos ônibus da Grande Natal e cobrar melhorias no transporte público. Centenas de manifestantes participaram do ato, que começou a concentração por volta das 17h nas imediações do viaduto da BR-101 no cojunto Mirassol, e se encerrou às 21h30 nas proximidades do shopping Midway Mall. Protestos semelhantes aconteceram nesta quinta em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Goiânia.
Diferente do que aconteceu no último dia 15 de maio, quando houve confronto entre a Polícia Militar e os integrantes do movimento, desta vez o ato transcorreu sem intervenção policial. De acordo com o major Marlon de Góis, que comandou o Batalhão de Choque da PM no local, o momento mais tenso ocorreu quando um manifestante caiu do viaduto Quarto Centenário.
"Usamos a cautela, mas sentimos que alguns deles é que partiram para o confronto", afirmou o policial, pouco depois de uma pedra ter sido atirada contra as viaturas na avenida Bernardo Vieira, perto do cruzamento com a avenida Salgado Filho. A estimativa da PM, que assumiu o comando da segurança depois que o movimento saiu do perímetro da BR-101, é que 400 pessoas participaram da caminhada e 200 se concentraram nas imediações do Midway Mall.
"Usamos a cautela, mas sentimos que alguns deles é que partiram para o confronto", afirmou o policial, pouco depois de uma pedra ter sido atirada contra as viaturas na avenida Bernardo Vieira, perto do cruzamento com a avenida Salgado Filho. A estimativa da PM, que assumiu o comando da segurança depois que o movimento saiu do perímetro da BR-101, é que 400 pessoas participaram da caminhada e 200 se concentraram nas imediações do Midway Mall.
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