sábado, 14 de setembro de 2013

ARENA DAS DUNAS

Funcionários da Arena das Dunas realizam corte no gramadoFuncionários da Arena das Dunas realizam corte no gramado
A grama da Arena das Dunas recebeu o primeiro corte, 21 dias depois de plantada e a 110 dias da entrega da obra. O serviço foi realizado ontem com intuito de fazer que a plantação perca força realizando o crescimento no sentido vertical e passe a se espalhar pelo terreno. O engenheiro agrônomo Paulo Ricardo, destacado para acompanhar o serviço pela empresa World Sports, disse que tudo está ocorrendo dentro do planejamento e como em Natal está chovendo bastante nos últimos dias, a maior preocupação é com o controle da umidade no terreno, que se for além do previsto, pode ser tão prejudicial quanto a falta d’água.

Com isso, o manejo de irrigação teve de passar por alteração, uma vez que ele foi previsto para ser aplicado num estádio fechado e de clima quente. Esse controle de umidade tem que ser diário, para corrigir e adequar o processo de irrigação ao alto índice pluviométrico dos últimos dias na capital potiguar. A previsão é de que o gramado esteja completamente pronto num prazo de 70 dias. 

“Essa questão de gramado é cuidado. Há cinco anos para manter um bom gramado num estádio de futebol eram investidos cerce de R$ 100 mil por mês. A cotação de preços de hoje deve estar um pouco acima disso, mas vale a pena. Pois um gramado hibrido, bem cuidado, se não sofrer nenhum processo de mutação que altere a cor de suas folhas deixando o campo com várias tonalidades diferente, chega a durar 100 anos, como aconteceu no estádio de Wembley, na Inglaterra”, afirmou Paulo Ricardo.

Num clima tropical como o apresentado em Natal, o ideal seria aguar o gramado pelo menos três vezes ao dia. Mas visando impedir o excesso de água, o serviço vem sendo realizado no máximo duas vezes ao dia e, em alguns casos necessita apenas de uma irrigação. “Como nossa intenção é que a grama crie raízes e se fixe no terreno, temos de tomar muito cuidado com o risco de excesso de irrigação. Pois passando do ponto, pode ser que as raízes não segurem bem e saiam com facilidade do solo”, afirmou o engenheiro.

Desenho

Daqui a 70 dias, quando o gramado estiver fixo, já poderá ser aplicado o corte exigido pela Fifa, cuja grama deve ter altura máxima de 1,8 centímetros e com as faixas horizontais — desenhadas com intuito  de facilitar a marcação de impedimentos por parte da arbitragem. “Esse corte poderá ser dado nas últimas semanas, é um tipo de corte especial realizado com uma máquina helicoidal equipada com tesouras e um rolo que ‘amassa’ a grama no sentido leste ou oeste em cada uma das faixas”, explicou.

O tipo de grama bermuda, foi escolhido para ser plantado nos estádios nordestino pelo fato de ser uma planta resistente ao calor e possuir um alto poder de regeneração, o que facilita a reabilitação do gramado num tempo relativamente curto após uma partida de futebol. 

Quanto as técnicas aplicadas no Brasil para plantio e cuidados de gramados, Paulo Ricardo disse que o trabalho realizado aqui não fica nada a dever para o mundo. “Muito longe disso, em se tratando de gramas em terras tropicais, o mundo é que tem muito o que aprender com nós brasileiros”, comentou.

A única deficiência encontrada no país é com relação ao maquinário utilizado para corte e plantio, pontos, que segundo o engenheiro, o país ainda deixa a dever. “Em se tratando de maquinários os americanos e os europeus estão bem a frente. Eles produzem os melhores equipamentos do mundo e grandes exportadores de equipamentos. Realmente o Brasil está carecendo de melhores fabricantes de maquinas para corte e manutenção de gramados”, reconheceu Paulo Ricardo.  

fonte: tribuna do norte

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