quarta-feira, 12 de novembro de 2014

PF suspeita de elo entre tráfico de drogas e esquema de desvios na Petrobras

Investigações apontam que contas de posto de gasolina controlado por aliado do doleiro Alberto Youssef fazia pagamento a traficantes bolivianos de entorpecentes

Em depoimento, Alberto Youssef disse que repassava valores por meio de envolvido com tráfico. Foto: Divulgação
Em depoimento, Alberto Youssef disse que repassava valores por meio de envolvido com tráfico. Foto: Divulgação
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam a possibilidade de que contas utilizadas para lavar dinheiro do tráfico de drogas, descobertas na Operação Lava-Jato, também eram usadas para abastecer pagamentos a políticos envolvidos no esquema de desvio de recursos da Petrobras.
Em depoimento prestado nesta semana, o doleiro Alberto Youssef, acusado de ser o comandante do esquema de lavagem de dinheiro da Lava-Jato, afirmou aos investigadores que repassava valores a “agentes públicos” por meio do Carlos Habib Chater – também indiciado na operação –, a pedido do ex-presidente do PP José Janene. Parte do dinheiro entregue a políticos por Chater vinha de empreiteiras que tinham contratos com a administração pública federal.
Carlos Habib Chater, também conhecido como Habib, é dono de um posto de gasolina de Brasília chamado Posto da Torre LTDA e, durante a fase inicial da Operação Lava-Jato, a PF descobriu que algumas transferências bancárias eletrônicas originárias da empresa foram destinadas ao pagamento de carregamento de cocaína. As drogas, vindas da Bolívia, tinham como alvo o consumo interno brasileiro.
Agora, os investigadores apuram se as contas utilizadas pelo Posto da Torre para transferência de recursos a traficantes também foram utilizadas para alimentar cofres de partidos envolvidos tanto no mensalão quanto no esquema de desvio de recursos da Petrobras.
Fonte: IG

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