quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Primeiro crematório do RN é inaugurado pelo Grupo Vila

Cerimonial pré-cremação  foi simulado  durante inauguração realizada  na manhã de hoje. Foto: Wellington Rocha
 Foto: Wellington Rocha
O número de pessoas que demonstram preferência pela cremação em vez do sepultamento, quando morrerem, cresce sensivelmente em todo o mundo. Acompanhando essa tendência, o Grupo Vila inaugurou – nesta quarta-feira (10), no Cemitério Morada da Paz – o primeiro centro crematório do Rio Grande do Norte.
Dados divulgados em diversos países confirmam essa inclinação em favor do processo que reduz os restos mortais a cinzas. Países como Suíça e Inglaterra, por exemplo, registram índices que se aproximam dos 80%, enquanto, no Japão, a porcentagem de pessoas que sinalizam predisposição ao processo crematório é praticamente total (99%). Já nos Estados Unidos, a cada 10 pessoas falecidas, quatro, em média, são cremadas.
O Brasil também faz parte dessas estatísticas, em especial quando se trata de um passado mais recente, devido à opção de personalidades de destaque nacional por esse ritual de despedida. Nos últimos anos, pessoas famosas como o ator, roteirista e comediante Chico Anysio; o escritor Millôr Fernandes; o ex-vice-presidente José Alencar; o ator Marcos Paulo; e o jornalista Joelmir Beting foram cremados. Os números traduzem bem o crescimento da demanda no País – de acordo com o gerente de projetos do Grupo Vila, Heber Vila, no ano de 1997 o Brasil possuía apenas três crematórios, mas, dez anos depois, esse número já havia aumentado para 23, chegando a aproximadamente 50 estruturas em todo o território brasileiro, atualmente.
Segundo o diretor geral do grupo, Eduardo Vila, a cremação não ‘concorre’ com o sepultamento, por ser apenas uma aceleração no processo. “É um equipamento a mais, uma possibilidade a mais. A tendência de crescimento dessa prática é advinda realmente da falta de espaço físico. Aqui no Morada da Paz, temos capacidade para 20 mil jazigos; uma hora não vai caber mais. Com a cremação, a demanda gerada pode ser totalmente atendida, independente de uma capacidade pré-determinada. Não há limitações”, explica.
“O sepultamento é muito mais tradicional, na cultura brasileira, mas dado o atual momento da especulação imobiliária, é provável que, aos poucos, o enterro convencional vá se tornando inviável – até pelo preço, que já é mais alto do que o da opção alternativa. Eu não tenho como concorrer com empreendimentos imobiliários; enquanto um prédio ‘se paga’ muitas vezes ainda na planta, os custos de um cemitério nosso chegam a demorar nove anos para serem cobertos. Só para se ter uma ideia, o próximo cemitério parque do Grupo deverá ser localizado no município de São José de Mipibu, pois os preços dos terrenos em locais mais próximos estão absolutamente fora da realidade. É isso que vai encarecendo os sepultamentos, enquanto a cremação não sofre influência do mercado imobiliário”, pondera o diretor.
Os custos da cremação propriamente dita são fixos, o que causa variação nos preços são os tipos de contrato, as diferenças no cerimonial e nas formas de pagamento. O valor oscila entre R$ 1,5 mil e R$ 3,6 mil.
O Crematório Morada da Paz ocupa uma área de 315 m2 e conta com uma sala de cerimônias com capacidade para 60 pessoas. O forno utilizado foi trazido dos Estados Unidos e atinge temperaturas correspondentes a 1000 graus Celsius. Todo o processo dura aproximadamente duas horas, e a família recebe a urna com as cinzas do ente falecido em até cinco dias úteis.

JHRN

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