sábado, 2 de novembro de 2013

Luciana Genro lança pré-candidatura à Presidência pelo PSOL para 2014


Luciana Genro (à esquerda) com Heloísa Helena, em 2009, no Congresso
Foto: Arquivo / Agência O Globo
Luciana Genro (à esquerda) com Heloísa Helena, em 2009, no CongressoARQUIVO / AGÊNCIA O GLOBO
PORTO ALEGRE – A ex-deputada federal Luciana Genro lançou na noite de quinta-feira, no Rio, a pré-candidatura à Presidência da República pelo PSOL para as eleições de 2014. O evento ocorreu na sede do partido. Luciana é filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), e, por isso, está impedida pela legislação eleitoral de disputar concorrer no estado. Em 2010, a então deputada recebeu 129 mil votos, mas não obteve quociente eleitoral para assumir uma vaga na Câmara. Com a eleição de Tarso, Luciana também ficou impedida de disputar o pleito municipal de 2012.
- Vou defender uma campanha baseada apenas em doações de pessoas físicas, mesmo que o estatuto do PSOL proíba contribuições apenas de bancos, empreiteiras e multinacionais. E com apoio de partidos apenas de oposição à esquerda da presidente Dilma Rousseff, como PSTU e PCB – disse.
No lançamento da pré-candidatura, a ex-deputada recebeu o apoio do deputado estadual pelo Rio, Marcelo Freixo, e de outros membros do partido. Freixo era um dos nomes de consenso do PSOL para disputar a presidência, mas por, questões de segurança, decidiu tentar a reeleição para a Assembleia Legislativa do Rio. O deputado foi o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação das milícias na capital. Outro nome cogitado foi o do deputado federal Chico Alencar.
Nesta sexta-feira, Luciana Genro acusou o senador Randolph Rodrigues, também do PSOL de manipular encontros municipais no Amapá para eleger delegados ao congresso nacional do partido, marcado para dezembro. Randolph também disputa a indicação do partido para a eleição de 2014.
Segundo Luciana, o grupo de Randolph promoveu uma “megafiliação“ e uma “megaparticipação” de militantes nas plenárias municipais para aumentar o apoio à sua candidatura dentro do PSOL. A pré-candidata disse que pelo menos 23 delegados, de um universo de 391 eleitores, deveriam ser impugnados na disputa pela indicação a chapa majoritária.
Para a ex-deputada, há ainda delegados sob suspeita no diretório de São Paulo. Luciana ingressou com uma representação interna para impugnar a participação desses delegados no Congresso, que definirá a candidatura do partido à presidência. Ela disse que decidiu disputar a indicação para preservar as bandeiras históricas do PSOL que, segundo ela, estão “em risco” na legenda.
- É um momento importante para o PSOL, dez anos após de sua fundação. Depois do que temos visto (nos encontros municipais), é hora de perguntar que partido queremos de fato. O Randolph fez aliança com o PTB e negociou apoio do DEM (para eleger o prefeito de Macapá), o que é proibido pelo estatuto do partido – criticou.
Com a tentativa de impugnação dos delegados da chapa de Randolph, da Unidade Socialista, Luciana espera ter apoio suficiente para conquistar a indicação em dezembro. De acordo com ela, será uma campanha “do tostão contra o bilhão”.
- Vou defender uma campanha baseada apenas em doações de pessoas físicas, mesmo que o estatuto do PSOL proíba contribuições apenas de bancos, empreiteiras e multinacionais. E com apoio de partidos apenas de oposição à esquerda da presidente Dilma Rousseff, como PSTU e PCB – disse.
O senador Randolph Rodrigues disse ao GLOBO que não iria comentar as declarações de Luciana Genro e que a questão deve ser tratada pelo presidente do partido, deputado Ivan Valente (SP).


do JORNAL O GLOBO

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