Na última vez em que esteve com
o filho, há sete meses, o vendedor
de frutas Domingos Pereira
Coelho, 58 anos, ouviu a
promessa: “Boa noite, pai,
amanhã eu volto”.
O reencontro entre pai e filho só
aconteceu em dezembro. Dyego
jazia na mesa do IML (Instituto
Médico Legal) de São Luís, capital
do Maranhão. A cabeça estava
separada do corpo.
Domingos ainda manteve sangue
frio para observar melhor o
cadáver. “Contei 180 furos no meu
filho, um por um, isso só na parte
da frente, porque ele estava de
barriga para cima”, afirmou.
Dyego Michael Mendes Coelho, 21
anos, e outros dois presos –
Manoel dos Santos Ribeiro, 46
anos, e Irismar Pereira, 34 anos –
foram decapitados em rebelião
ocorrida no dia 17 de dezembro
do ano passado, no CDP (Centro
de Detenção Provisória) de
Pedrinhas –maior complexo
prisional do MA. Um quarto preso
morreu a facadas no motim.
Três das vítimas formavam uma
mesma família. Ao lado do corpo
de Dyego estava o de Manoel, pai
de sua namorada. O esfaqueado
era Gilson Gleyton Silva, filho de
Manoel.
Em vídeo revelado pela Folha,
detentos registraram a celebração
das mortes e zombaram com os
cadáveres.
Fonte: A verdade gospel
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