sábado, 10 de agosto de 2013

Justiça determina que Ibama devolva papagaio à dona

Uma moradora do bairro da Bomba do Hemetério, no Recife conseguiu na Justiça Federal o direito de voltar a conviver com seu único “companheiro” dos últimos nove anos. Um papagaio deve retornar nos próximos dias para alegrar a casa de Gedália Valentim Ferreira, 53 anos. 

A ave havia sido retirada do seu convívio pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em junho, após denuncia de maus tratos. No começo da noite de ontem a Justiça divulgou a decisão em caráter liminar do juiz federal da 2ª Vara Federal em Pernambuco, Francisco Alves dos Santos Júnior. No texto, o magistrado determina que o papagaio seja restituído em caráter provisório a Gedália até a sentença. “Na prática, é um período de avaliação”, disse o juiz, avaliando que essa era a melhor solução para Gedália e o papagaio.

“O animal também estava com depressão”, afirma o juiz, acrescentando que, desde a apreensão, quando foi levado evado para o Ibama, o papagaio parou de falar e ficava quieto. “Só se animava quando a senhora ia visitá-lo”, observou. Ao ingressar na Justiça para recuperar o papagaio Gedália informou que estava doente e comprovou, por meio de laudos, sofrer de depressão. Em sua defesa, ela alegou que o papagaio era sua única companhia desde que o encontrara com uma garra quebrada no quintal da residência de seu irmão, em 2004, no bairro de Pau Ferro, Região Noroeste da Capital.

Apreendido durante uma fiscalização e levado para a sede do Ibama, o papagaio foi avaliado por veterinários. Um laudo emitido pelo órgão comprova que a ave sofria maus-tratos, já que a teve as asas parcialmente cortadas. Avaliando o caso, porém, o juiz Francisco Alves concluiu que os danos alegados pelo Ibama foram provocados por mera desinformação. “Ela cortava as asas errado e machucava o animal, além de fornecer alimentação inadequada, provocando anemia no papagaio”, pontuou. Mas o fato de reconhecer o erro e se oferecer para aceitar vistorias e buscar orientação do Ibama sobre o melhor tratamento para o papagaio acabaram convencendo o juiz a conceder a guarda provisória. A entrega da ave só deve ocorrer na próxima semana.

fonte: diario de pernambuco

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