Obras de recuperação do calçadão da praia de Ponta Negra ultrapassam 60% de execução

Obras de recuperação tiveram início em abril após mais de um ano sem nenhum reparo. Foto: José Aldenir

As obras no calçadão da Praia de Ponta Negra, principal cartão postal de Natal, ultrapassaram os 60% de execução, segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Semopi). Hoje, o bloco de pedras que protege o calçadão da ação marítima, chamado de enrocamento aderente, já faz parte do cenário da Praia de Ponta Negra e tem conseguido impedir a erosão marítima. A previsão é que até o final de setembro as obras sejam concluídas.

O secretário adjunto de Obras, Caio Pascoal, explicou que os serviços têm um prazo de conclusão de seis meses para serem concluídos, mas como o ritmo de trabalho está avançado e a empresa responsável pela obra, a Construtora Camillo Collier, deve antecipar esse prazo para que no final de setembro o processo de enrocamento aderente já tenha sido concluído. Após a finalização da obra, a Prefeitura vai contratar um estudo técnico para determinar qual o serviço definitivo a ser realizado no local. “A expectativa é que esse estudo dure um ano, pois se trata de um levantamento complexo, envolvendo vários elementos”, disse Caio Pascoal. Nos próximos dias devem ser iniciados a retirada dos entulhos e as reinstalações elétricas, hidráulicas e sanitárias na região da Praia.

Caio Pascoal disse que no próximo dia 21, a Secretaria fará a abertura das propostas para execução do Projeto Orla, que prevê obras de pavimentação, acessibilidade e quiosques, nas praias urbanas de Natal, da Praia do Forte até a praia de Ponta Negra. Caio disse que o processo de licitação da obra será por Regime Diferenciado de Contratação (RDC), o que dará mais celeridade a execução da obra. “São obras complementares, mas independentes, e depois da escolha da empresa, em no máximo dez dias iniciaremos as obras”, destacou o secretário de Obras.

A obra de recuperação do calçadão começou a ser realizada no dia 18 de abril após ter ficado por mais de um ano sem nenhum reparo. O calçadão desabou em vários pontos após a ação das marés em janeiro do ano passado. Nesta primeira etapa do projeto foram investidos pouco mais de R$ 4,7 milhão para a proteção completa de 2 mil metros da orla da praia de Ponta Negra. A previsão da Semopi é que em dois anos com a área toda recuperada, a faixa de areia tenha 35 metros de largura quando a maré estiver alta.

O Estado de Emergência em toda orla da praia de Ponta Negra, nos trechos destruídos pelo avanço do mar, termina em 18 de setembro. Até lá, de acordo com o texto do decreto, os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionados com a reabilitação dos cenários do desastre ficarão dispensados de licitação, desde que os trabalhos possam ser concluídos nos próximos três meses, contados a partir da data de publicação.

Para o decreto, a Prefeitura considerou a erosão marinha provocada pelo avanço das marés em toda a orla do calçadão da praia e o agravamento das condições de segurança da população e dos frequentadores de Ponta Negra. O documento ainda considera “a necessidade de proteger a salubridade de toda a orla da praia de Ponta Negra, cuja degradação dos sistemas públicos de esgoto, saneamento e drenagem de toda a área atingida piorou excessivamente nos últimos meses, acarretando alteração intensa e grave das condições de normalidade da área e comprometendo a capacidade de resposta do Município de Natal e a necessidade urgente de realizar ações de reestabelecimento dos serviços essenciais, do sistema de iluminação pública e dos equipamentos públicos e comunitários instalados no local.

Fonte:JHRN