quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Processo da Telexfree passa a correr sob segredo de justiça e BBom vaza dados de associados

O julgamento do processo foi adiado para 12 de agosto. Foto: Divulgação
O julgamento do processo foi adiado para 12 de agosto. Foto: Divulgação
O processo que investiga a empresa Telexfree (Ympactus Comercial Ltda) por suposto crime de pirâmide financeira passa a tramitar sob segredo de Justiça. A determinação atende a pedidos do Ministério Público do Acre (MPE/AC) e da própria empresa.
A Telexfree, que vende planos de minutos de telefonia de voz sobre protocolo de internet (VoIP na sigla em inglês), foi proibida de operar em junho.
Com a decisão da Justiça, apenas MP, juízes e advogados da empresa terão acesso ao andamento do processo.
A Telexfree diz que está se defendendo de forma vigorosa das acusações e que tem apresentado sua defesa juntando aos processos todos os documentos necessários, de modo que comprove a regularidade e a viabilidade econômica de suas atividades.

Julgamento é adiado

O julgamento do processo, chamado de agravo de instrumento, que pode decidir a liberação dos serviços da empresa, foi adiado para 12 de agosto. Antes, estava previsto para a próxima segunda-feira (5).
O adiamento de uma semana ocorreu devido ao não atendimento dos prazos processuais. A informação foi anunciada oficialmente pelo advogado da empresa no Acre, Roberto Duarte Júnior.
“Embora todos os prazos tenham sido respeitados, o acúmulo de processos é outro fator a ser considerado, assim como também o número de recursos para serem julgados pelo judiciário”, disse.
No julgamento, os três desembargadores que compõem a 2ª Câmara Cível do TJ/AC vão analisar o processo apresentado pela Telexfree para tentar derrubar a liminar que resultou no bloqueio das contas da empresa.

Boletos de pagamento ficaram disponíveis na web
Uma falha permitiu que os boletos de cobrança da BBom com dados de seus associados fossem consultados por terceiros na internet. Foi o mesmo tipo de vazamento ocorrido com informações de divulgadores da Telexfree . Ambas as empresas, que juntas tem aproximadamente 1,3 milhão de integrantes no Brasil segundo seus responsáveis, estão bloqueadas por decisões judiciais, sob suspeita de serem pirâmides financeiras.
Procurada, a BBom informou que a falha foi corrigida na manhã da quarta-feira (31). A empresa nega ser uma pirâmide financeira .
O vazamento permitia que qualquer pessoa baixasse, do site da BBom, boletos de cobrança de terceiros, sem a necessidade de colocar alguma senha. Bastava que se fizesse uma busca pela palavra “boleto” restrita à página da empresa.
A falha foi revelada por Manoel Netto, do blog Tecnocracia , que também encontrou o mesmo erro no sistema da Telexfree . ”São erros muito mirins, de programador iniciante (e provavelmente é) lidando com dados sensíveis de pessoas”, diz Netto, sobre as falhas na Telexfree e na BBom.
Nesta quarta-feira (31), a reportagem conseguiu baixar cinco boletos em nome de cinco pessoas diferentes. O valor cobrado em todos os casos, R$ 3 mil, é equivalente ao preço do pacote ouro, um dos que podiam ser adquiridos pelos interessados em entrar na rede de associados da BBom.
Diferentemente do caso da Telexfree, em que os boletos tinham vencimentos com datas posteriores ao bloqueio judicial, todas as cobranças da BBom são referentes a maio – a empresa só teve as contas congeladas pela Justiça em julho.

fonte:JHRN

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