sábado, 10 de agosto de 2013

Traficante confessa ter matado Amarildo

Um mistério que perdurava quase um mês pode estar chegando perto do fim. O drama "onde está Amarildo?", o pedreiro desaparecido na Rocinha após ter sido levado para averiguação na UPP da comunidade, teve um novo capítulo revelado nesta sexta-feira: em uma gravação telefônica, um traficante admite ter matado Amarildo para incriminar a polícia.
A conversa gravada pelo setor de inteligência da 15ª DP (Gávea) envolve o traficante Thiago da Silva Neris, o Catatau, e um policial militar da UPP da Rocinha, identificado como Avelar. Este trabalharia infiltrado, com autorização judicial, entre os traficantes da comunidade, para que pudesse obter informações privilegiadas.

Catatau, porém, teria descoberto que Avelar era um PM infiltrado. No dia 18 de julho, quatro dias após o sumiço de Amarildo, o criminoso ligou para o policial e admitiu ter matado o "Boi" (que seria o apelido de Amarildo) para colocar a culpa em Avelar.
Anteriormente, ainda de acordo com os grampos telefônicos, o traficante Marcelo Xavier da Costa, o Pará, teria ligado para Amarildo e perguntado se ele ainda tinha "garrafa", que seria o nome usado para o recipiente de lança-perfume. O pedreiro, então, que seria o responsável por armazenar as drogas em casa, teria dito que não tinha mais.
Os traficantes estavam desconfiados de Amarildo. Em uma ligação, segundo o "Estadão", um criminoso fala: "Boi está vacilando, está falando demais". O outro, então, teria respondido: "é melhor tirar o material (ou seja, a droga) que ele toma conta".

Amarildo desapareceu no dia 14 de julho. Catatau teve prisão temporária decretada pela Justiça, porém está foragido.

no blog alexmanga do dedécamilo

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