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Três pessoas foram presas preventivamente nesta sexta-feira na Operação Cilada, desencadeada pela Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR) de Natal (RN). Elas integravam quadrilha que vinha praticando extorsão contra estrangeiros.
Na ação foram presos Vanessa de Oliveira Ferreira, 26 anos, Geane Rodrigues Regis, 24 anos, e Prussio Mendes Parisio, 39 anos, marido de Vanessa. As prisões foram realizadas nos bairros do Alecrim e Vila de Ponta Negra. Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos.
Segundo a Delegacia, o grupo extorquia dinheiro de estrangeiros sob o pretexto de que uma das garotas de programa (uma das acusadas) tinha menos de 18 anos. Caso as vítimas não dessem o valor exigido, seriam denunciados à polícia.
De acordo com o titular da delegacia, Daniel Couto Maurício, as investigações em torno do caso duraram 12 dias, logo após um turista holandês disse estar sendo extorquido por um grupo. “Nós identificamos essas pessoas e após interrogá-las e levantarmos informações solicitamos a prisão junto à Justiça”, explicou. Uma quarta suspeita identificada como Andreza Baracho dos Santos, 24 anos, encontra-se foragida.
Segundo o relato da vítima, ele conheceu três garotas de programa da Orla de Ponta Negra e se interessou por Vanessa, única que falava inglês. Marcaram então um encontro num motel. No local, outras duas meninas desceram de um táxi e foram até o quarto onde o estrangeiro estava. “Lá houve uma discussão, elas alegaram que Vanessa era menor de idade e que iria denunciá-lo à polícia”, relatou.
As mulheres pegaram o passaporte do turista e o obrigaram a levá-las até a pousada onde estava hospedado. A vítima deu R$ 800 para não ser denunciado. Em seguida, Prussio apareceu na pousada armado com um revólver exigindo mais dinheiro. As garotas seguiram com o holandês até um caixa eletrônico, onde realizou um saque de R$ 1 mil. As garotas de programa ainda foram numa loja de sandálias, onde efetuaram a compra de dois chinelos no cartão da vítima no valor de R$ 250. Câmeras do circuito interno de segurança de um shopping registraram a ação das mulheres com o turista no caixa eletrônico. Enquanto isso, Prussio ficou do lado de fora no carro esperando.
Segundo o delegado, realizar as prisões desse tipo é difícil porque as vítimas têm medo de procurar a polícia. “Muitas vezes eles não registram ocorrência por serem casados, temendo serem presos ou até mesmo por medo de se exporem”, disse. Até agora foram registradas apenas três ocorrências por parte de turistas de casos semelhantes. O delegado acredita que a quadrilha possa ser maior.
A Operação Cilada também contou com a participação da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher e da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos. Os suspeitos responderão por extorsão mediante restrição da vítima e associação criminosa podendo pegar pena de até 15 anos de prisão.
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