Quando Bakyt*, um cristão do Quirguistão, estava morrendo de câncer, recebeu a visita de três moldos (líderes islâmicos) da mesquita local. Eles lhe disseram: “Se você não abandonar sua fé em Jesus, nós não permitiremos que sua família enterre o seu corpo no cemitério local”. Sua resposta emocionada foi para que eles fossem embora de sua casa.
E foi o que aconteceu. Após sua morte, os irmãos de sua igreja foram forçados a mudar o local do túmulo de Bakyt três vezes. Em cada uma das tentativas foram proibidos pelos líderes religiosos locais de enterrá-lo.
Essa situação trouxe muita amargura e tristeza para a família, parentes e amigos. “Eu nunca pensei que não haveria lugar em nossa pátria onde poderíamos enterrar meu marido”, disse Sarah*, esposa de Bakyt.
Casos recorrentes de perseguição à Igreja continuaram ocorrendo no Quirguistão. Mas um dos mais comuns é a pressão que a sociedade exerce sobre os membros da Igreja Cristã que tentam enterrar seus parentes (quirguizes), também cristãos.
Perseguição se repete
Um caso alarmante aconteceu ano passado em dos vilarejos no sul do Quirguistão, quando líderes muçulmanos locais exumaram corpos de cristãos após descobrirem que eles haviam se convertido a Cristo antes de morrer. Por fim, os representantes da mesquita local forçaram os parentes dos cristãos mortos a enterrá-los em um cemitério fora do vilarejo.
Historicamente, no Quirguistão e em outros países da ex-União Soviética, instalações e instituições, tais como cemitérios comunitários, são organizados separadamente, com base em princípios étnicos. Há um cemitério para o povo quirguis, que geralmente é chamado de cemitério muçulmano; o cemitério para russos é denominado de cemitério cristão. Há ainda outro cemitério para coreanos, e assim por diante.
Dessa forma, o problema é que quando um quirguiz se torna cristão e morre, os muçulmanos não permitem que seus parentes o enterrem no cemitério reservado ao povo quirguiz, que é tradicionalmente muçulmano. Mas, ao mesmo tempo, os russos também não permitem que uma pessoa da etnia quirguiz seja enterrada no cemitério cristão, ainda que ela seja cristã.
Então a dúvida da igreja no Quirguistão permanece: “Onde poderemos enterrar nossos cristãos quirguizes?”.
Pode parecer irônico, mas, mesmo depois da morte, um cristão quirguiz e seus irmãos, que ainda estão vivos, continuam sob pressão por professarem sua fé em Cristo.
Oração
Por isso o Portas Abertas lança os seguintes pedidos de oração: ore a Deus por conforto aos cristãos quirguizes, que têm de lidar com essa situação e com as autoridades religiosas num momento de dor, após a morte de um ente querido; peça para que cristãos e muçulmanos se respeitem mutuamente e vivam em paz..
FONTE: A VERDADE GOSPEL
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