Pré-candidato à presidência da
República, o presidente do PSDB e senador Aécio Neves (MG) criticou
nesta terça-feira, em discurso na tribuna do Senado, o resultado do
leilão do campo de Libra, do pré-sal; o modelo de partilha adotado pelo
governo Dilma Rousseff; e apontou supostas ingerências políticas na
Petrobras. Em tom de ironia, o tucano ainda saudou a entrada da
presidente Dilma e dos petistas no “mundo das privatizações”.
- Devo hoje dar as boas vindas à
presidente da República ao mundo das privatizações, agora no setor do
petróleo. E talvez não seria favor algum o governo do PT poder
orgulhar-se de dizer que fez a maior privatização de toda a história
brasileira, mas o fez com enorme atraso, que custou muito caro ao Brasil
– disse Aécio, que antes citou a concessão dos aeroportos.
O pré-candidato do PSDB considerou “um
enorme fracasso” o resultado do leilão, já que apenas um grupo fez
oferta e arrematou o megacampo pela oferta mínima:
- Acredito que o governo comemorou, com o ufanismo de sempre, um enorme fracasso.
Em aparte ao pré-candidato do PSDB, o
senador Francisco Dornelles (PP-RJ) classificou como “arcaico e
estatizante” o modelo de partilha:
- Eu considerava que com as condições
estabelecidas pelo governo para fazer o leilão de Libra que nenhum
consórcio seria constituído. Fiquei surpreso, o que foi um tiro de
salvação para um modelo arcaico e estatizante que é do modelo de
partilha.
O único governista a fazer um
contraponto ao discurso de Aécio foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Ele ressaltou o montante que será pago pela exploração do campo de Libra
e os investimentos que serão feitos em saúde e educação.
- O fato de ter parceria com empresas
privadas está longe de ser privatização total.Os parceiros terão
contribuição relativamente modesta, mas extremamente importante do ponto
de vista da tecnologia. De minha parte avalio que poderemos ter avanço
extraordinário de crescimento econômico graças ao petróleo do pré-sal.
DO BLOG DO BG
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