segunda-feira, 9 de junho de 2014

Rosalba relembra derrota de Henrique e afirma: “Não temeria confronto eleitoral com ninguém”

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Ciro Marques
Repórter de Política
Nem as condenações na Justiça Eleitoral, nem os 70% de desaprovação da gestão estadual fizeram a atual governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ficar menos confiante em sua viabilidade eleitoral. Tanto é que em entrevista concedida a revista Época, a atual chefe do Executivo do Rio Grande do Norte afirmou que não temeria enfrentar qualquer um dos candidatos postos atualmente para a disputa, o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB), e o vice-governador, Robinson Faria (PSD).
“Não temeria confronto eleitoral com ninguém, porque era uma boa oportunidade para esclarecer muita coisa. Quem for governador do Rio Grande do Norte agora, vai encontrar um Rio Grande do Norte melhor. Nós ficamos entre os três estados, dito pelo próprio Tesouro, que fizemos o melhor ajuste fiscal”, afirmou a governadora, relembrando as dificuldades encontradas no início da gestão, após oito anos de administração do PSB – sendo sete deles com a ex-governadora Wilma de Faria, hoje candidata ao Senado ao lado de Henrique.
Na entrevista, Rosalba também confirmou que o presidente nacional do DEM, o senador José Agripino cobrou “viabilidade eleitoral” para que a sigla apoiasse a candidatura dela a reeleição. “Mas qual seria o problema se eu me candidatasse? Tem candidato que entrou derrotado numa eleição e acabou eleito; e outros que entraram eleitos e saíram derrotados. Uma vez um candidato foi dormir achando que tinha ganhado a eleição em Natal. No outro dia descobriu ter perdido para Aldo Tinoco, um sanitarista que não era muito conhecido. O candidato derrotado foi Henrique e o povo lá em Natal comenta muito sobre isso”, relembrou Rosalba, única governadora do DEM na atualidade.
“Se eu me candidatasse, o que poderia acontecer? Eu poderia não chegar ao segundo turno. Mas ainda assim o partido seria o fiel da balança no segundo turno e sairíamos ainda mais valorizados. Mas a preocupação era sempre com as eleições para deputados e senador porque não poderia ir só o Democratas. Eu disse que garantiria dois partidos (na aliança) e com chance de angariar o apoio de outros. Mas eu disse a Agripino que precisava de um aceno de que eu seria candidata, porque não posso propor aliança sem saber se vou ser candidata. Aí ele disse que faríamos uma reunião para ouvir o diretório”, acrescentou.
Para Rosalba, inclusive, o “acordão” formado em torno do nome de Henrique é díficil de explicar, sobretudo porque o PMDB, que hoje se diz oposição e cobra mudança, até bem pouco tempo, estava junto ao Governo do DEM. “Teve um determinado momento em que o PMDB, que chegou a ocupar sete secretarias, deixou o governo. Naquele momento, o PMDB já dizia que queria uma candidatura própria. Começamos a ver entrevistas. Havia sinalizações de que ele estava formando um acordo muito grande, inclusive com partidos que têm ideologias diferentes. A candidata dele ao Senado (Wilma Faria) é do partido do Eduardo Campos (PSB). Henrique Alves dizia que apoiava a (presidente) Dilma (Rousseff). Já outros partidos desse acordão querem apoiar o (senador) Aécio (Neves, candidato pelo PSDB)”, criticou a governadora.
“As bases no interior reagem muito porque sempre foram partidos historicamente, adversários. Isso aí só quem pode responder é quem… Eu não discuti isso, né?”, acrescentou.
fonte: jhrn

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