Segundo Paulino, "se a pesquisa é encomendada por um grupo político, é evidente que o grupo político tem interesse"
O candidato do PSOL a governador, Robério Paulino, desafia a Consult a informar, também através de nota, declaração do seu proprietário, Paulo de Tarso, ou entrevista coletiva, qual grupo político, com interesse nessas eleições deste ano no Rio Grande do Norte, estaria por trás da contratação do instituto.
“Processar-me dá uma demonstração de que essa entidade não sabe conviver com a democracia. A Consult tem que dizer para a sociedade potiguar, através de veículo de comunicação, quem tem interesse nessa pesquisa. Todas as pessoas sabem, nesse estado, que veículos de comunicação que publicam pesquisas são intermediários de grupos políticos. Seria bom que a Consult dissesse qual grupo político paga sua pesquisa. Qual grupo tem interesse? A quem a Consult está servindo? Tem que esclarecer isso”, disse Robério, afirmando saber que grupo é esse, mas que prefere que seja o próprio instituto que esclareça.
Segundo Paulino, “se a pesquisa é encomendada por um grupo político, é evidente que o grupo político tem interesse”, diz. “A pergunta é: Por que alguns jornais publicam e destacam em sua capa apenas a pesquisa da Consult? E não outras pesquisas? Por que não dão mesmo destaque a outras pesquisas? Quais são os grupos que estão interessados?”, questiona.
TRANSPARÊNCIA
Autor de uma representação contra as pesquisas, Paulino diz que há outro ponto importante a ser salientado. Para ele, se a Consult quer credibilidade, que convoque uma reunião e dê acesso aos interessados na pesquisa. “Porque eu sou interessado e me sinto prejudicado. Aqui, me sinto vítima desse processo. Tenho pesquisa que outros partidos me repassaram que dão resultados diferentes”, afirma.
Robério Paulino questiona: “Por que a Consult não abre? É uma caixa preta? Se quer credibilidade, convoque uma reunião e apresente os relatórios”.
O candidato a governador se mostra indignado, também, com o fato de as pesquisas serem feitas com o seu nome sem prévia autorização dele. “A Consult não me consultou para saber se eu autorizava a inclusão do meu nome. Em nenhum momento fez isso. Ora, eu tenho interesse, estou envolvido, mas não tenho controle e o resultado é aleatório. Será mesmo que eu tenho que dar crédito a essa pesquisa? Sem que a gente tenha direito à transparência e controle sobre o processo?”.
Paulino conclui afirmando que as pesquisas viciam e que vai continuar combatendo a forma pela qual as pesquisas são usadas como forma de manipulação da opinião pública por entender que a própria sociedade está ciente disso. “Queremos o direito, por isso solicito à Consult, já que ela quer credibilidade, que na próxima pesquisa nos dê o direito de acompanhar o processo de coleta e tabulação dos dados. Porque, do jeito que é feito, para mim, não tem credibilidade alguma”, afirma.
fonte: JHRN
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