Negociação salarial da categoria se estende há quase 3 meses
No momento em que o Governo tenta reverter o quadro de insegurança deixado pela gestão Rosalba Ciarlini, alguns estabelecimentos do Rio Grande do Norte, principalmente de Natal, podem ficam sem vigilância. O motivo é que o Sindicato dos Vigilantes do RN (Sindsegur-RN) confirmou que a partir da próxima segunda-feira (23), a categoria irá começar uma greve por tempo indeterminado.
O motivo da paralisação é que a negociação salarial, que se estende há quase três meses, não deu resultado. “Os empresários nos ofereceram 6,23% de reajuste. Levamos a proposta para assembléia e todos rejeitaram e confirmaram a greve. Pedimos 12% de aumento, além de R$ 15 de vale alimentação (por plantão)”, explicou Francisco Benedito, o Bené, presidente do Sindsegur, que afirmou que o pedido de vale alimentação é bem menor do que em outros locais, como o Distrito Federal, onde a categoria recebe R$ 28.
De acordo com Bené, inicialmente apenas os vigilantes patrimoniais que trabalham em agências bancárias iriam paralisar as atividades. Porém, ficou acordado que a greve será geral. “Essa greve vai prejudicar o funcionamento de agências bancárias, alguns hospitais que trabalham com vigilantes e também alguns shoppings. A partir de segunda todos estarão paralisando as atividades. Somente na assembléia de ontem (quinta), mais de 300 profissionais estiveram presentes e votaram pela paralisação”.
Questionado sobre os prejuízos para a população, principalmente em relação aos bancos, Bené disse que o sindicato sabe que os maiores afetados serão aqueles que utilizam os serviços, principalmente pelos recentes casos de ações criminosas contra agências bancárias. “Mas vale lembrar que nesses casos de assaltos, os principais alvos foram terminais do Bradesco. Já mandamos solicitações para o Ministério Público para que fossem colocadas portas giratórias. Nesses locais, os vigilantes ficam apenas durante o dia. No período da noite não fica ninguém”.
Quem vem negociando com o Sindsegur é Rossini Braulino, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do RN (Sindesp). Segundo Bené, os ânimos chegaram a se exaltar durante os encontros, mas ainda assim a greve pode ser encerrada caso uma proposta mais vantajosa seja apresentada. “Com o valor que nos foi passado, não vai existir negociação alguma. Os empresários negociaram achando que iria acontecer como em outros anos, que iríamos aceitar propostas baixas. Mas este ano a situação mudou. Eles nunca viram uma mobilização tão grande”.
O Jornal de Hoje tentou entrar em contato o Sindesp durante toda a manhã, mas não conseguiu obter nenhuma resposta.
FONTE:http://jornaldehoje
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