sexta-feira, 13 de março de 2015

Centrais sindicais protestam no Centro de Natal nesta sexta

Manifestantes descem a avenida Rio Branco, no centro de Natal (Foto: Klênyo Galvão/G1)Manifestantes desceram a avenida Rio Branco, no Centro de Natal (Foto: Klênyo Galvão/G1)
Representantes de entidades sindicais e movimentos sociais fizeram um protesto na tarde desta sexta-feira (13) no Centro de Natal. A concentração foi às 15h, em frente à Catedral Metropolitana. Em seguida, os manifestantes seguiram em caminhada até a Praça 7 Setembro, onde terminaram o ato às 17h30.
De acordo com José Rodrigues Sobrinho, presidente da CUT estadual, a convocação para o ato foi coletiva e não é possível precisar a quantidade de entidades que participaram da manifestação.De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, a manifestação começou de forma pacífica, por volta das 15h. Cerca de 1.500 pessoas participavam do ato às 16h45, segundo a PM. Segundo Fátima Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (um dos organizadores do protesto), cerca de 3 mil manifestantes estiveram no ato. Já segundo a CUT, 10 mil pessoas participaram do protesto.
Após a concentração em frente à Catedral, os manifestantes seguiram em caminhada até a Praça 7 de Setembro, onde ficam as sedes da Prefeitura de Natal, da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
Além da CUT, fizeram parte do protesto membros da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Nacional dos Estudantes (Une), Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro), Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat), Sindicatos dos Rodoviários (Sintro) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte).
Também participaram da manifestação representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento dos Sem-Terra (MST), Movimento Pela Libertação dos Sem-Terra (MLST), União da Juventude Socialista (UJS), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Levante Popular da Juventude.
A senadora Fátima Bezerra (PT), o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), e os vereadores Hugo Manso (PT), Fernando Lucena (PT) e Cabo Jeoás ( PC do B) também estiveram presentes no protesto.
Os manifestantes carregaram faixas e cartazes e gritaramm palavras de ordem, acompanhados de um carro de som.
Segundo o presidente da CUT no RN, José Rodrigues Sobrinho, o ato foi construído coletivamente e representa a luta pela democracia. “Estamos aqui em defesa da Petrobrás, mas também pela democracia, pela garantia da soberania nacional, e pela manutenção dos direitos dos trabalhadores”, disse.
Fátima Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte/RN), também defendeu a aplicação dos royalties do Petróleo na educação. “Nós defendemos a soberania do povo brasileiro. Isso aqui não deixa de ser um ato em favor do governo federal, da presidenta que foi eleita com o voto popular, em uma eleição democrática”.
De acordo Pedro Henrique Santos, presidente estadual da União da Juventude Socialista (UJS), o importante foi defender a democracia. "Nossa motivação é defender que a democracia continue. O principal mote é a reforma política. Achamos que o movimento social precisa avançar nas conquistas que já conseguimos. É preciso aprofundar a democracia no país", disse.
Vando Rodrigues, militante à frente do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), ressaltou que quer garantir as conquistas do movimento. "Fomos à governadoria protestar pela posse dos assentamentos e estivemos na Caixa para pedir a construção e a reforma das casas dos agricultores. Estamos aqui em protesto pela continuidade do governo federal e pelas conquistas já garantidas pelo movimento", falou.
Wangle Alves, vice-presidente estadual da União Nacional dos Estudantes (UNE), destacou a importância da reforma política. "Viemos fazer pressão por uma reforma política no país e pedir para que caia o financiamento público de campanha. Além disso, a política precisa respeitar a democracia. Nós acabamos de eleger uma presidente e não se pode desrespeitar a soberania de uma nação em detrimento de uma classe insatisfeita", afirmou.
José Araújo, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (Sindpetro/RN), reafirmou a defesa da Petrobras. "O maior patrimônio do povo brasileiro é a Petrobras e ela deve servir, de fato, para a população do nosso país, e não ao capital estrangeiro. Reinvidicamos por uma Petrobras 100% pública, estatal e integrada a um projeto de desenvolvimento nacional", explicou. 
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat), Soraia Godeiro, afirmou que o movimento buscava a consolidação da democracia no país. “Tivemos um processo eleitoral democrático e agora precisamos cobrar a implantação do programa de governo eleito pelo povo. Qualquer atitude golpista pode trazer sérios danos às conquistas do trabalhadores. Queremos a reforma política, a reforma fiscal – mas não com a retirada dos direitos dos trabalhadores e sim com a taxação das grandes fortunas”, afirmou.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra também participou da manifestação. A representante do MST Jailma Lopes afirmou que o ato visava “a defesa da soberania popular e buscava a reforma política através de uma constituinte”.
O representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), José Mota Junior, disse que, além de defender a Petrobrás, o movimento defende a democracia e luta contra o retrocesso do país. “A Petrobrás é nossa e querem entregá-la ao capital privado e estrangeiro. Nós somos contra. Se há problema que seja apurado e os responsáveis punidos, independente de partidos. Nós defendemos a democracia, não queremos um retrocesso. Tá ruim? Tá. Mas pior era na ditadura militar onde ninguém tinha direito a nada”.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) também estava representada no ato. O professor Francisco de Assis, que representa a CNTE no RN, afirmou que a luta também é para que os royalties do Petróleo e do Pré-Sal sejam aplicados na educação.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários do RN, Nastagnan Batista, afirmou que “não é mudando a presidente que a coisa vai mudar, é cobrando do governo”.
Manifestantes encerraram o ato na Praça 7 de Setembro, no centro de Natal (Foto: Klênyo Galvão/G1)Manifestantes encerraram o ato na Praça 7 de Setembro, no centro de Natal (Foto: Klênyo Galvão/G1)
FonteFONTEFONTE: G1RN

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