quinta-feira, 19 de março de 2015

Conheça o país onde políticos não têm motorista e moram em quitinetes



98x4ivii6v_i8rqjxa0n_fileOs protestos contra o PT e a presidente Dilma Rousseff, no domingo (15), e as manifestações pela reforma política e a favor da Petrobras, na sexta-feira (13), revelam o crescente descontentamento dos brasileiros com sua classe política. A crise obrigou o governo federal a publicar nesta quarta-feira (18) um pacote anticorrupção, em meio à deterioração da imagem da presidente. Mas será que existe um modelo de classe política para inspirar o País nesse momento tão conturbado?
No livro Um país sem excelências e mordomias, a jornalista brasileira Claudia Wallin narra sua descoberta do país em que políticos não têm imunidade e são julgados pela Justiça comum e onde parlamentares dividem assessores e até o gabinete de trabalho: a Suécia.
“É preciso dizer que é um relato de não ficção”, afirma Claudia, em entrevista ao R7, descrevendo sua surpresa ao descobrir as diferenças entre os políticos dos dois países.
Moradora da Suécia há mais de 11 anos, ela diz que há um sentimento de “igualdade” no país que faz com que os políticos não sejam vistos como “pessoas de uma classe superior”.
— Um parlamentar ganha aqui quase 50% a mais, em valores líquidos, do que ganha um professor.
Nesse caso, a diferença para o Brasil é gritante: enquanto o salário-base de um professor aqui é de R$ 1.697, o de um parlamentar é de R$ 33,7 mil (1.885% a mais).
Hoje a Suécia está em quarto lugar no ranking da Transparência Internacional, lista que mede o nível de corrupção nos países — o Brasil ocupa a 69ª posição.
Mas Claudia lembra que nem foi sempre assim e que o país teve de realizar um “aperfeiçoamento gradual da democracia”.
— Além de fazer investimentos maciços em educação e pesquisa, além de ter criado a primeira lei da transparência do mundo, é um país que também promoveu reformas abrangentes, como a reforma política, reforma administrativa, reforma da educação.
Leia a seguir os melhores trechos da entrevista e, ao final, veja uma entrevista em vídeo com a autora de Um país sem excelências e mordomias.



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