
De acordo com Enders, que está estudando em Frankfurt para seu doutorado em microbiologia médica, sentar-se é, de fato, errado, prolongando o processo de liberação das fezes, explica Enders. Isso também pode explicar por que as hemorroidas e doenças intestinais dolorosas, como diverticulite, são mais comuns no Ocidente do que na Ásia. “Pouco mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo não têm incidência de diverticulite e menos problemas com as hemorroidas. Por outro lado, nós, no Ocidente, esprememos nosso tecido do intestino até que nossas fezes sejam liberadas”, relata.

Em entrevista à BBC Radio 4, na Inglaterra, ela explicou: “Quando você se senta, há um músculo ao redor do final do cólon sendo flexionado. Quando estamos em posição de cócoras, com um banquinho em frente ao vaso sanitário, há menos pressão necessária. É muito mais natural e coloca menos pressão sobre os nosso intestino”.
Alguns especialistas afirmam que todos nós realizávamos o processo corretamente, até a metade do século 19, e o abandono da posição de cócoras é o culpado pelo aumento das taxas de problemas intestinais e digestivos.

Enders também explica que o trato gastrointestinal é a parte mais negligenciada do corpo, já que, muitas vezes, ignoramos os sinais que o esfíncter nos dá, em relação à desregulação intestinal.
As bactérias representam outro interesse fundamental de Enders. Em seu livro, ela detalha as minúcias do intestino e como ele compreende dois terços de nosso sistema imunológico, contendo cerca de dois quilos de bactérias. Essas bactérias desempenham papéis importantes na digestão de alimentos, determinando nossa produção de humor e de energia, ela afirma.
Jornal Ciência via DailyMail
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