O tour é dele. O anfitrião é ele. O nome em todas as placas e
propagandas dentro e fora do Ibirapuera é o dele. Roger Federer é
onipresente.
Até no dia em que não joga, está lá, quietinho, em uma cadeira atrás da quadra, atraindo olhares enquanto assiste ao duelo de musas no ginásio paulistano. Mas, por aproximadamente duas horas, a noite de sexta-feira não foi dele. Foi dela. Maria Sharapova.
A tenista russa sabe do seu poder. E fez o que se esperava e até o que não se esperava dela na partida contra a dinamarquesa Caroline Wozniacki.
Número 2 do ranking mundial, ela executou belas jogadas, mostrou saque potente, direita precisa, deu seus gritos, gritinhos, gemidos.
Em quadra, também dançou com Wozniacki, bateu no bumbum da mascote de um
dos patrocinadores, jogou bolinha em outra, reclamou da arbitragem (e
pediu, brincando, a interferência de Federer), vibrou com a torcida,
conquistou os torcedores.
Um deles, em especial, parecia mais entusiasmado do que boa parte dos demais (que não lotaram o ginásio do Ibirapuera, que tinha o ingresso mais barato a R$ 500, aliás).
O jogo já estava em sua reta final. Quando, de repente, surge no meio das cadeiras um homem alto, correndo em direção à quadra. Já no local onde os torcedores podiam chegar o mais próximo possível das tenistas, ele não se contenta e vai ainda mais perto. Entra no local reservado para os fotógrafos, senta em um dos bancos, saca o celular do bolso e mira Sharapova.
Ele não tira os olhos, e a lente, da musa russa. As câmeras também se voltam para ele. Afinal, ali está também um atleta, um que já conquistou o mundo: é Raí. Pela fama, o ídolo são-paulino não é incomodado pela segurança. Continua sua admiração.
Metros atrás, bem menos famoso, não menos importante, outro homem não
desgruda os olhos da quadra. Na verdade, tira, sim. Mas para procurar o
vendedor de sorvete. Já idoso, estrangeiro em um calor sufocante do
ginásio que não possui ar-condicionado como os europeus, ele quer se
refrescar. Não consegue. O sorveteiro não aparece.
O senhor, então, recebe ajuda da ex-tenista brasileira Vanessa Menga. Ela conversa com uma vendedora de pipocas. Conseguem chamar um sorveteiro. E o senhor, enfim, escolhe seu picolé --de limão (R$ 5,00 cada). Paga, devora. Parece ter a mesma fome (ou sede) que o filho tem para conquistar títulos. O senhor se chama Robert. É pai do rapaz suíço que está ali do lado, em frente, acima, lá fora, nas placas, no placar, no nome do tour. É pai do dono da festa, do tal Roger.
Ah, o placar da partida? Sharapova venceu Wozniacki por 2 sets a 0. O que algumas pessoas talvez não tenham percebido também. Provavelmente viram que a exibição estava acabando quando a tenista dinamarquesa colocou toalhas por dentro da camiseta e da saia, no peito e no bumbum, já nos últimos pontos do jogo.
Sim, Wozniacki também chama atenção pelo jogo (já foi número 1 do mundo), pela beleza e pela descontração. Naquele momento, ela imitava, inclusive nos gestos e na vibração, a americana Serena Williams (que também está em São Paulo). Mas a disputa pela atenção era injusta. Era com Sharapova. E essa vitória já estava garantida antes de a exibição começar.
Até no dia em que não joga, está lá, quietinho, em uma cadeira atrás da quadra, atraindo olhares enquanto assiste ao duelo de musas no ginásio paulistano. Mas, por aproximadamente duas horas, a noite de sexta-feira não foi dele. Foi dela. Maria Sharapova.
A tenista russa sabe do seu poder. E fez o que se esperava e até o que não se esperava dela na partida contra a dinamarquesa Caroline Wozniacki.
Número 2 do ranking mundial, ela executou belas jogadas, mostrou saque potente, direita precisa, deu seus gritos, gritinhos, gemidos.
Andre Penner/Associated Press | ||
Maria Sharapova e Caroline Wozniacki dançam com mascote dos Correios |
Um deles, em especial, parecia mais entusiasmado do que boa parte dos demais (que não lotaram o ginásio do Ibirapuera, que tinha o ingresso mais barato a R$ 500, aliás).
O jogo já estava em sua reta final. Quando, de repente, surge no meio das cadeiras um homem alto, correndo em direção à quadra. Já no local onde os torcedores podiam chegar o mais próximo possível das tenistas, ele não se contenta e vai ainda mais perto. Entra no local reservado para os fotógrafos, senta em um dos bancos, saca o celular do bolso e mira Sharapova.
Ele não tira os olhos, e a lente, da musa russa. As câmeras também se voltam para ele. Afinal, ali está também um atleta, um que já conquistou o mundo: é Raí. Pela fama, o ídolo são-paulino não é incomodado pela segurança. Continua sua admiração.
Andre Penner - 7.dez.12/Associated Press | ||
Caroline Wozniacki (à esquerda), Roger Federer e Maria Sharapova, no ginásio do Ibirapuera |
O senhor, então, recebe ajuda da ex-tenista brasileira Vanessa Menga. Ela conversa com uma vendedora de pipocas. Conseguem chamar um sorveteiro. E o senhor, enfim, escolhe seu picolé --de limão (R$ 5,00 cada). Paga, devora. Parece ter a mesma fome (ou sede) que o filho tem para conquistar títulos. O senhor se chama Robert. É pai do rapaz suíço que está ali do lado, em frente, acima, lá fora, nas placas, no placar, no nome do tour. É pai do dono da festa, do tal Roger.
Ah, o placar da partida? Sharapova venceu Wozniacki por 2 sets a 0. O que algumas pessoas talvez não tenham percebido também. Provavelmente viram que a exibição estava acabando quando a tenista dinamarquesa colocou toalhas por dentro da camiseta e da saia, no peito e no bumbum, já nos últimos pontos do jogo.
Sim, Wozniacki também chama atenção pelo jogo (já foi número 1 do mundo), pela beleza e pela descontração. Naquele momento, ela imitava, inclusive nos gestos e na vibração, a americana Serena Williams (que também está em São Paulo). Mas a disputa pela atenção era injusta. Era com Sharapova. E essa vitória já estava garantida antes de a exibição começar.
Yasuyoshi Chiba/AFP | |||
Wozniacki brinca com panos por baixo da roupa, simulando seios e nádegas maiores | FONTE: FOLHA |
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