O anúncio de que Luiz Felipe Scolari não continuará como técnico da seleção brasileira animou o estafe que trabalha com Jorge Sampaoli, treinador que comandou o Chile na última Copa do Mundo - eliminado justamente para a equipe de Felipão, nas oitavas de final. Profissionais que administram a imagem do argentino no Brasil tentam colocá-lo no país desde que ele comandava a Universidad de Chile, equipe na qual conquistou três Campeonatos Chilenos e uma Copa Sul-Americana.
Em 2012, já sentindo que seu ciclo à frente de La U estava chegando ao fim, Sampaoli queria novos desafios e a possibilidade de treinar algum clube brasileiro era um desejo pessoal do comandante na época. O Cruzeiro chegou a mostrar interesse em contratá-lo no fim daquela temporada, mas o argentino assumiu a seleção chilena logo depois, no início de dezembro.
Desde então, esteve à frente da seleção nas eliminatórias e no Mundial de 2014. Sob seu comando, o Chile conseguiu alguns resultados e performances expressivas, com vitórias sobre Uruguai (nas Eliminatórias), Inglaterra (amistoso internacional) e Espanha (na fase de grupos da Copa) por exemplo. Mesmo em derrotas como para a Alemanha, em amistoso, e para o Brasil, nas oitavas de final da Copa, os chilenos mostraram bom futebol e foram elogiados por seu estilo de jogo intenso, ofensivo e com pressão sobre os adversários no campo de ataque, características que Sampaoli absorveu de Marcelo Bielsa, sua inspiração.
Depois da eliminação no Mineirão, Sampaoli afirmou na chegada da delegação a Santiago que quer seguir no Chile até a Copa América de 2015, que será realizada no país. Seu contrato com a ANFP (Associação Nacional de Futebol Profissional) vai até as eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, porém dificilmente o técnico seguirá até lá, já que pretende seguir outros rumos depois da competição continental.
Um fator que pode jogar a favor da vinda de Sampaoli para a seleção brasileira é a vontade da população em contar com um técnico estrangeiro. Diversas enquetes feitas pelos principais veículos de mídia do Brasil apontam a preferência por um nome de fora. Tite, desempregado desde sua saída do Corinthians, no fim do ano passado, é um dos principais nomes nacionais para o comando.
A CBF dará uma coletiva de imprensa em sua sede na quinta-feira, às 11h, com a presença do presidente José Maria Marin. O mandatário da entidade deverá falar sobre a saída de Felipão e, caso a coletiva seja aberta para perguntas dos jornalistas, certamente será questionado sobre o próximo profissional que assumirá a seleção.
Fonte: IG
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